quarta-feira, 29 de julho de 2009

Campo de Espadas

E num ritmo de tempo que não pára segue a vida de Júlio César que me continua a maravilhar não só pela pessoa em si, mas pelo General em que se tornou e que neste terçeiro volume marca pela diferença.

Num atropelo de acontecimentos Júlio César continua as suas conquistas numa Roma cujo espírito e dignidade se perde algures por entre aqueles que apenas no poder desmedido encontram seu belo prazer, esquecendo que uma cidade, um povo é feito de pessoas.

Rodeado de amigos, Júlio César atravessa aqui um periódo na sua vida, o olhar para o passado, a nostalgia de um tempo em paz, mas também um olhar pelo futuro cheio de grandiosidade, pois com honra e muito respeito pelo povo romano, Júlio acredita que pode devolver ao seu povo uma república sem injustiças e com uma paz que julga que todos merecem.

Conquista a Gália e o respeito por muitos reis deste território, pois sempre com um número inferior de soldados, Júlio César consegue vencer todas as batalhas não só pelas tácticas aplicadas como pelo amor e respeito que os seus homens lhe têm...ele percebe aqui o que um dia o Tio lhe disse...soldados não vão para a guerra pelo seu povo mas pelo seu general

Neste livro começamos a sentir o descontentamento de Marco Bruto perante algumas decisões e acções de Júlio César que fragilizam uma amizade de infância que de certa forma encanta o leitor.

Um livro fantástico, escrito como os anteriores de forma ficcionada, mas que confere e respeita o lugar que este imperador ocupou na História da Humanidade.

Já estou a ler o último e sinceramente, há muito que não lia uma obra de ficção tão boa!!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A morte dos Reis

Se pensei que o primeiro era fantástico o segundo surpreendeu-me ainda mais e de tal forma que já me encontro a ler o terceiro.

Júlio César obrigado a sair de Roma pelo Ditador Sula, embarca numa galera ao serviço da marinha romana e numa aventura sem precedentes é capturado por piratas. É este o momento de viragem da sua vida, o momento em que nas piores condições se vê forçado a lutar pela sua sobrevivência e dos que sobreviveram ao ataque dos piratas...aqui começamos a ver um Júlio César que através do Dom da Palavra, faz com que o sigam sem hesitação. E assim, após libertado, segue o seu rumo com o objectivo de recuperar os resgastes pagos e vingar todos os que morrem às mãos dos piratas...e consegue-o com uma agilidade e perícia sem igual.

No mesmo espaço de tempo, também Marco se destaca perante os outros pela sua perícia militar que fazem dele no fim de um curto espaço de tempo, um guerreiro sem precedentes mesmo perante os seus inimigos. O seu regresso a Roma é marcado pela conquista em reaviver a legião de Mário e consegue erguer das cinzas um nome outrora proibído.

Roma agita-se, Sula morre assassinado por Tubruk, o escravo liberto do Pai de César que apenas nestas morte encontra a salvação para a mulher de Júlio, sistematicamente abusada pelo imperador Ditador.

Mas roma não pára, nem o mundo à sua volta e Ri grego volta ao ataque deixando um rasto de morte pelo caminho, rasto esse que César apanha no regressa a casa. Vendo que dificilmente chegarão legiões que travem este assassíno, César com um pequeno exército consegue o imaginável...destruir este Rei...com a perícia do que se pode dizer ser de um grande militar, porque se a superioridade do número de homens traduz a vitória...o engenho e a inteligência são grandes armas.

Júlio regressa a uma Roma diferente da que deixou um dia, mas igual nas guerras políticas e na sede de poder. Regressa triunfante e com uma forma que começa a abaçar os mais fortes pilares daquele república...ele e Bruto (Marco) fazem mesmo a dupla imparável que se por um lado joga a seru favor por outro, inimigos nascem...e no final desta livro, após um periodo ausente de casa a combater um exercito de escravos revoltados, César perde a mulher e o seu grande amigo Trubuk. É o cair de muita coisa...é o desespero que se instala no fundo de Júlio César, perder a mulher cuja relação de detiorava talvez pela sua fraca presença em casa e perder aquele que foi como um Pai para ele...é o início de uma luta interior...

Como referi no início já começei a ler o terceiro...é fascinante a forma como este autor escrever e num mesmo espaço de tempo, vamos lendo passagens dos momentos de todos os principais personagens.

Neste segundo livro o importante a reter é o amadurecer de um jovem romano, César, perante a vida e os atropelos aos quais é sujeito...ele revela capacidades de liderânça que assustam muitos e com isso, César é enviado para Espanha...o cenário de início do terceiro livro...vamos ver então que aventuras nos reservam este livro...






quarta-feira, 1 de julho de 2009

As portas de Roma

Envolvente e apaixonante para pessoas que como eu têm um fascínio pelo Império Romano. A vida de Júlio César apimentada de aventura, romance, traição e todos os ingredientes que nos aguçam o apetite ao longo das páginas desta quadrologia.

O grande César é-nos apresentado neste primeiro volume como uma criança de oito anos em plena infância...em plena descoberta da vida. Filho de um senador, homem honrado face ao clima de um senado de certa forma decadente onde a sede de poder ultrapassa tudo, Caio ( Júlio César) aprende com o exemplo do seu Pai que na vida existe muito mais que corrupção...contudo nada o preparava para aos 14 anos ser confrontado com a loucura de um clima de horrores que assombram a sua adorada cidade.

Após perder o seu Pai num momento conturbado de revolta dos escravos, Júlio procura o apoio junto do seu Tio, Mário um legionário de respeito, cuja legião é conhecida pela bravura das suas acções. Mário conhecedor dos meandros e podres de um senado em tudo menos puro de intenções, consegue no pouco tempo de contacto com estes jovens incutir-lhes o espírito de luta até mesmo pelos mais pobres, que graças a Mário podem ingressar agora numa legião, acesso que lhes era negado pela oriem destes...mas o que é a condição social quando no fundo todos somos iguais...seres humanos pelos quais o respeito deve ser o mesmo.
Caio junta-se ao Tio nas lides políticas e Marco embarca da aventura da sua vida, ingressar numa legião.

Numa reviravolta do destino, Mário é morto por aquele que tentou afastar de roma e que se transforma num Ditador sem precedentes e Caio é obrigado a sair de roma, abandonando amigos e a sua querida família...mas voltar é o seu objectivo e restituir a roma, a cidade bela a paz a sua missão.

Poderá ser apenas mais uma história sobre Júlio César, mas este livro têm uma dinâmica que me abraça de forma violente na minha sede de leitura..leio coisas sobre amizades verdadeiras e verdadeiras missões de vida, num mundo onde a traição e a sede de poder impera...uma verdadeira luta. Existem um conjunto de personagens que nos maravilham para além de Caio e Marco. Um escravo liberto que dedica a sua vida à família de Caio, um ex-gladiador, homem frio que ao preparar Caio e Marco nas lides do combate gaha por estes uma afeição sem precedentes, Alexandria, uma escrava que mesmo na sua condição não perde a coragem e agarra-se ao seu sonho com uma força e convicção fantástica.

Estou a ler o segundo volume e só vos posso dizer que se pensei que depois do primeiro, não me iria surpreender tanto...enganei-me.