terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O principe da árvore

É o último livro da afinal quadrologia que pensei inicialmente ser uma triologia, mas com grande prazer descobri o quarto livro na biblioteca do meu Pai, onde tenho ido buscar livros muito bons!

Podem perguntar porque escrevo directamente sobre o quarto? e a razão é muito simples: li os 4 num espaço de duas semanas e quando dei por mim estou a misturar os livros e receio enganar-me.

Fiquei deslumbrada com a história, uma visão feminina, como disseram alguns críticos da lenda de Artur. Uma perspectiva cativante e deliciosa numa história repleta de mistérios, reviravoltas, vingança, amizade e amor.

Tem passagens emocionantes que me fizeram pensar sobre muita coisa enquanto ao mesmo tempo lia sofregamente cada palavra.

O que mais gostei: A forma como a autora mais uma vez por entre magia e o sentimento consegue descrever o mais variado tipo de sentimentos numa determinada situação, descrever o que muitas vezes sentimos quando a nossa vida sofre uma reviravolta que no fundo é o resultado não só do nosso crescimento como do mundo à nossa volta que também ele cresce.

No segundo livro "A Rainha suprema" crescem para a vida adulta com toda aquela energia e sede de descoberta que todos passamos quando saimos da adolescencia.

No terceiro livro "O rei Veado", o Reinado de Artur começa a sofrer os seus primeiros abalos, entre traição e morte de tudo um pouco.

E no último...o fim...estranho de um mundo que nos embeleza a fantasia, mas que à luz de uma nova crença deverá existir num mundo à parte...um filho que apesar de se juntar ao Pai, dando a este a enorme alegria por afinal ter um filho, no fim como qualquer criança fruto de uma situação bizzarra e alimentada pela sede de vingança se perde numa batalha contra o Pai...não posso dizer muito mais para não estragar o fim, porque se na lenda estamos habituados a um final glorioso aqui temos uma enorme surpresa!!!!!

E agora...vou a caminho do próximo livro!!!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Senhora da Magia

Até parece mentira, mas tendo lido já alguns livros desta autora ainda não tinha lido os seus famosos livros da Triologia Brumas de Avalon.
E palavras para quê...quando um livro nos envolve e nos alimenta não só a imaginação como a sede de ler...Tendo como palco a Lenda do Rei Artur, Marion Z. Bradley recria com um toque de magia esta lenda misturando e complementando-a com a vida da Bretanha da época, em que a religião Celta ainda conseguia sobreviver ao Cristianismo. Nesta matéria é magnífica a interpretação pelos que acreditam na Deusa Mãe, no respeito pela Terra e valores humanos e mesmo por uma religião estranha.

Amor, ambição, devoção e amizade são os ingredientes desta Saga e se esperam mais uma história sobre o Rei Artur como todas as outras podem crer que estão enganados. Pois algures nas primeiras páginas comecei a ver com outros olhos os personagens desta conhecida lenda. Apaguei tudo o que tinha aqui guardado para dar lugar a personagens mais humanos, personagens que mesmo pertencentes a uma lenda foram humanos como nós, no seu crescimento e dilemas de vida.

Igraine a mãe de Artur casada como era costume com um duque é envolvida pela irmã Viviane no destino da Bretanha. Deveria ser ela a gerar o futuro Rei, Artur, mas de um homem que não o seu habitual marido. Incerteza e revolta envolvem este momento, pois relutantemente Igraine não quer nada mais ter a ver com Avalon, pelo abandono que sentiu no dia em que a enviaram para casar. Mas os mistérios da Deusa são inexplicáveis e Igraine apaixona-se mesmo pelo Homem de quem deverá gerar um filho. Uma aventura com o seu final Feliz, mas estranho ao mesmo tempo, porque no meio disto vemos a pequena Morgaine que cresce. Filha do primeiro casamento de Igraine sente que a mãe a abandona a ela pelo segundo filho e num momento de ciúme e inveja é pelo irmão que vai alimentar a solidão que sente, tomando conta daquele pequenino que mesmo a mãe coloca de lado cega...talvez pelo amor que nutre pelo actual marido...Rei Supremo da Bretanha.
Algures depois Artur é alvo de um atentado contra a sua vida e Viviane, Senhora do Lago, aconselha a irmã que é melhor enviar Artur para casa de um Pai adoptivo protegendo-o. E mais, que Morgaine por quem sente um carinho especial, deverá ir para Avalon, para que mais tarde se torne ela a senhora do Lago. E assim é. Vamos lendo e observando o crescimento de Morgaine em rituais tão distintos dos cristãos, mas que fazem parte de um povo que neles acredita.
E chega o dia em que Morgaine se deverá entregar a um desconhecido. Um desconhecido que se conseguir levar a cabo uma tarefa se torna um senhor supremo de Avalon. O dos Chifres, como é apelidado. Será ele a quem Morgaine entregará a sua virgindade e assim o foi. Um desconhecido que supera as expectativas de todos, e alimenta a crença que é hora de um Rei supremo capaz de manter as tradições e lutar pela paz do seu Povo. Problema: após a noite de entrega, e ainda meio envolvidos pelo momento, Morgaine reconhece o desconhecido...o seu meio-irmão Artur...e aqui começam a nascer as incertezas de Morgaine que acaba por abandonar Avalon...tendo no seu ventre um filho.

...uma história bizarra mas repleta de emoções...o acreditarmos numa coisa pela qual nos entregamos e depois sentir o horror de um sacrifício que nos deixa relutantes ou mesmo descrentes.

...confesso que já vou no terceiro livro...muito boa a história






quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A senhora do Trillium

Mesmo a vida de uma arquimaga pode um dia chegar ao fim e ao atingir quase 200 anos de existência Haramis, guardiã do Trillium Negro sente chegada a hora de encontrar a sua sucessora e prepará-la, como um dia desejou que consigo tivessem feito. E é em Mikayla, uma princesa que Haramis encontra a sua sucessora. Mas se a boa intenção de Haramis é por si vista como algo de importante para Mikayla é o pesadelo que transforma a sua vida mudando o futuro com que sempre sonho, um futuro junto a Fiolon, seu amigo das aventuras e desventuras de criança.

Mas como tudo na vida por vezes os sonhos desfeitos podem parecer o fim do mundo e cegamos ao novo futuro que neste livro afinal tem associado um sentido de vida e sobretudo a vida de todos os elementos da natureza do qual nós fazemos parte.

A descoberta das nossas potencialidades e no fundo do nosso carisma é retratado neste livro de uma forma interessante mas não muito profunda. Mais, a amizade e o elo forte que nos liga um grande amor é aqui descrito também. Existe uma passagem neste livro em que Haramis tenta quebrar o elo que liga a princesa a Fiolon, mas descobre que o amor resiste até à mais poderosa das magias.

De todos os livros que li da autora até à data é aquele que menos gostei, mas uma coisa me continua a fascinar: a sua escrita...as palavras e o sentimento que transmite através das mesmas. E como tal, já estou a ler outro livro desta autora: As Brumas de Avalon. E estou a gostar imenso!!!!!

sábado, 7 de novembro de 2009

A ponte para a Eternidade

Na contra capa está escrito "Se te sentes só, num mundo de estranhos e anseias por alguém...Se as nuvens onde voas, num céu azul de esperança em cinzento se tornam e se te sentes cair...Se sentes mesmo assim que queres abrir as asas e recuperar o voo que, para ti, é tudo..."

É de facto um livro que nos faz reflectir sobre o nosso eu e sobre a relação com os outros...uma mensagem para quem procura a sua alma gémea...um amor que no fundo nasce de uma grande amizade e que naturalmente caminha para o amor...porque a amizade é amor...e porque é desse amor que respiramos a alegria do afecto, carinho e no fundo da nossa existência como seres que somos.

Marcaram-me várias passagens, em especial o conflito que por vezes nasce em nós fruto das incertezas que sentimos na solidão...e nessa solidão descuramos num egoísmo muito próprio, que existem pessoas que acreditam em nós e que por nós movem montanhas na magia de uma amizade única.

...muito bonito este livro!!!!

domingo, 25 de outubro de 2009

Um novo sentido para a vida

Delicioso este romance que nos envolve na vida de uma recém viúva: A morte, aquela paragem que se traduz em dor numa primeira fase...revolta...e o tempo...esse não espera que a ferida feche...segue em frente. Sophie após um episódio em que em plena depressão de luto vai trabalhar de roube e pijama, aceita ir viver para uma cidade pacata com a sua amiga Ruth. E tudo vai mudar...porque quando se fecha uma porta outra se abre.

E muda tudo...observamos os medos...ataques de pânico pelo começo de uma nova vida...amizades que nascem e uma delas a de uma rapariga de 14 anos de quem Sophie se torna irmã adoptiva ao abrigo de um programa especial. Se Sophie já lida com dificuldade com os seus problemas é fantástico a amizade que nasce entre estas duas...muito difícil no início mas como tudo na vida se temos a

Se ao longo deste livro por vezes acabamos por meditar um pouco sobre os temas da perda, solidão, ansiedades, também conseguimos rir com as situações hilariantes em que Sophie se vê metida.

Para um primeiro livro fiquei fã. A escrita envolveu-me muito e se me fez por vezes ficar com as lágrimas nos olhos também me fez rir imenso. Passamos por momentos que por vezes nos fazem pensar se existem motivos para continuar a sorrir, mas tal como por vezes sinto, de um segundo para outro tudo muda e algures existe sempre mas sempre um motivo para irmos em frente...o nós!!!!



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Mosteiro

Um livro muito interessante sobre um Portugal que faz parte da história de todos nós, escrito de forma sublime na minha opinião. Uma descrição dos costumes e tradições de um Portugal interior, misturado com a história de várias famílias e respectivas gesrações. Uma análise à condição humana e das suas vulnerabilidades tão presentes mesmo em todos nós.

Marca-me uma passagem sobre a união das irmãs teixeiras, a sua condição de vida e luta em manterem uma casa em pé, uma vez que os elementos masculinos têm tendência desta família para o desgoverno. Algumas abedicam de uma vida de mulher, para simplesmente darem o melhor de si pela família.

Fascinante a descrição sobre o amor, a paixão, o roubo, o orgulho, a tentação, a morte em que dei comigo a pensar que sendo o hoje um tempo diferente do descrito neste livro, tudo se mantêm...as mesmas incertezas, certezas e dúvidas assoladoras sobre os sentimentos pelos quais passamos nesta vida.

domingo, 4 de outubro de 2009

Amante de sonho

Ora aqui está uma leitura tranquila e engraçada!!!

Imaginem uma terapeuta sexual com um trauma enorme da sua única experiência sexual, uma amiga que lê tarot e um Macedónio que está preso a um livro há 2000 anos e que apenas sai do mesmo quando invocado. E quando sai a sua missão é proporcionar um mês de prazer como nunca antes uma mulher teve.

Azar...ao ser invocado por Grace vê-se confrontado com a primeira mulher que não o quer pela sua beleza única, ou não fosse ele filho da Deusa Afrodite. E começa o confronto!

Por entre situações bizarras em que vemos um cupido, meio irmão de Julian ( o nosso personagem), aparecer de moto em traje de motoqueiro, existe uma luta interior enorme. O confronto com fantasmas , a descoberta que um amor que ultrapassa tudo, o receio deste amor!

Um romance romance...em que temos o nosso final feliz!!!!

No início pensei eu...bem um livro com este título...hum...mas depois já me conhecem um pouco para saberem que retiro sempre algo dos livros que leio...neste caso...temos receios por vezes infundados perante os nossos sentimentos e deveríamos acreditar mais em nós próprios!!!

Gostei muito...serviu este livro para descontrair um pouco...afinal nesta vida agitada por vezes é nos livros que eu encontro um pouco de paz.


sábado, 26 de setembro de 2009

Meu amor, Era de Noite

Três vidas distintas: Eugénia e sua irmã Constança e Mateus. Estes dois últimos vivem neste livro o pós-terminar de uma relação que tudo tinha para ser vivida, mas o fim de um casamento para Mateus, a sua filha dependente de drogas, a sua mulher que o abandona e para aumentar a desgraça tem um cancro terminal. Confrontado com a doença e reagindo como se calhar muitos de nós iríamos reagir afasta Constança. Esta por sua vez esconde-se no meio do Alentejo deserto, porque também ela havia passado por um casamento estranho antes de conhecer Mateus.

Enfim...uma história que à partida, mesmo existindo uma doença terminal poderia ter tudo para ser uma história de amor de chorar baba e ranho.

Mas temos a Eugénia, mulher independente e a nossa narradora principal, e como que a escritora deste livro...Possui uma enorme aversão aos ses e aos talvez...e nos seus livros recusa usar ma palete de cores especiais para pintar de arco-íris a vida.

Não foi um livro que me prendesse porque até eu concordo com a Eugénia: Constança no Alentejo decidida a seguir em frente, porque mesmo na doença Mateus Afasta-a. Mateus algures numa estrada vai falando a Constança para o ar vazio enquanto aguarda um telefonema que nunca chegará...atiram-se os dois para a escuridão da dor...lamentos e mais lamentos...revivem o passado como se isso fosse justificação...por favor...e contra mim posso falar porque não sou de ferro, mas decisões tomam-se e estas podem não ser as mais correctas...mas a vida não espera parada...seguimos em frente...!!!



domingo, 6 de setembro de 2009

As Forças do Oculto

O segundo livro da saga O poder supremo. Sinceramente gostei mais do primeiro. Este segundo livro custou-me um pouco a ler porque a história em si, mesmo seguindo os femómenos paranormais que também no primeiro existem, cansei-me um pouco da personagem principal. Sempre numa ladainha um pouco cansativa.

Algures no passado um acontecimento apagado da memória de winter fez com que no presente se passem coisas estranhas. De tal forma que por iniciativa ela chega a internar-se num hospício, o qual abandona precisamente por considerar que ali não encontra resposta.

Tenta isolar-se do mundo mas mesmo assim, os animais mortos, objectos que se deslocam, e portas que se abrem, continuam a aparecer e parece que é num ódio interior que a coisa encontra forças para ganhar terreno. E nisto procura ajuda junto do instituto onde trabalha a personagem do primeiro livro. Pelo menos aqui encontra o conforto que não pensarem que ela é doida. é neste ponto que gostei de uma pequena passagem que diz que existem muitos que não se encaixam na sociedade actual e que por isso recorrem a psiquiátras, julgando sofrer de desiquilibrios...mas não...e mesmo assim são tratados como doidos...sociedade que molda sem ver que existem seres humanos diferentes e que os padrões de comportamento não são tão lineares.

De resto a história é uma espécie de história de amor um pouco sonsa, mas que se resolve, como todas as histórias. E os mistérios que tão sofregamente me fizeram ler o primeiro livro aqui desvanecem um pouco. Espero que o terceiro seja melhor.

domingo, 30 de agosto de 2009

O círculo de Blackburn

O primeiro livro da saga "O poder supremo"...Trhuth Blackburn tem um passado marcado por ser filha de Thorme, que procurava a verdade nas religiões antigas e com isso reuniu um grupo de pessoas na prática de magia...mas algo correu mal e durante um ritual a mãe de truth morre e o seu pai desaparece. Histórias por contar, segredos inemagináveis envoltos num manto do paranormal e magia fascinante.

Esta rapariga cresce assim envolta num mistério que a revolta por ser filha de quem é e decidida a contrariar tantos os que a "perseguem" pelo legado que carrega decide desmascarar o seu pai, mostrando ao mundo através do seu Ódio quem era ele na verdade. Sendo investigadora na área do paranormal parte na aventura da busca de provas, provas essas que no final se mostram que a aventura em que embarcou foi a aventura da sua vida...porque de por vezes o passado nos tolda o espírito fá-lo de forma a renegarmos o que somos ou queremos ser e é isso precisamente que acontece: encontrar o sentido da nossa vida.

Por entre mistério, fantasia e magia este livro cativou-me pela história que se vai transformando contrariamente ao que no principio cremos ser...algures na mentira por vezes existe uma verdade que ultrapassa o que acreditamos...

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Pedro Sena-Lino é um poeta dos nossos dias e neste livro embalou a poesia e esculpiu um romance fantástico.

A história de um livro cuja história abraça todos o que algures na sua vida passam os olhos por este livro. Como se este livro fosse uma parte de todos os personagens e sem essa parte a sua vida fosse incompleta.

O livro escolhe o seu leitor e não é o leitor que escolhe o livro...teoricamente fantástico esta mensagem algures escrita neste livro, porque às vezes tenho precisamente essa sensação...vou lendo um pouco de tudo, mas por vezes parece que estava destinado que algures naquele momento da minha vida fosse aquele o livro que deveriam os meus olhos saborear e a minha alma amar...bastante poético...eu sei...mas é o que sinto.

E neste livro, ao ler as vidas dos vários personagens senti que era neste momento que deveria ter lido este livro e não noutro momento...a passagem "Tão depressa o ontem é hoje" marcou-me bastante...talvez seja a sede de viver algo...e sentir precisamente que o tempo passa demasiado depressa.

Encontro na poesia a musica para os meus olhos e foi precisamente neste livro que embalei momentos, recordações e sonhos.

Identifiquei-me bastante com a seguinte passagem que irei transcrever e pela amostra podem ver que se trata de um livro maravilhoso:

" Gostava de livros e de livros impressos, por tudo o que era o livro: pelo seu conteúdo, onde se perdia como um náufrago no mar..."...também eu me perco nos livros e sinto cada palavra...especialmente naqueles que me fazem esquecer o tempo...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Lendas e Narrativas - Tomo I e II

Depois de uma ausência longa, segundo alguns, voltei! Nas férias pouco li, não por falta de vontade, mas sim porque duas criaturas lindas preenchem o meu tempo com uma alegria tão intensa que tudo o resto não interessa.

E nada melhor para mim como estes dois livros que li:

Todas as lendas têm o seu encanto, especialmente aquelas cuja origem reside na história dos nossos antepassados. Épocas remotas, diferentes em tudo...saboreamos pelas palavras de Alexandre Herculano, feitos, tramas, vinganças, batalhas, cores, amizade, heroismo...recordei partes da História de Portugal já esquecidas e recordei tantas outras que ainda me aguçam a curiosidade e de certa forma desafiam a minha imaginação, por entre um portugês escrito tão diferente do actual.

Uma obra prima para mim, que decidi ler talvez porque há duas semanas olhei para as prateleiras e senti o cheiro a livro com uma idade superior à minha, um livro que viveu anos saltando entre uma sala, onde o cheiro de uma lareira aberta lhe conferiu uma doçura impregnada de tempo e a mesinha de cabeçeira da minha avó. Fazia parte de um conjunto de livros que relia de vez em quando. Este livro faz parte de um conjunto que julgo já ter falado de, livros que nunca tinha lido eu, mas sim lido pelos olhos e palavras da minha avó.

sábado, 22 de agosto de 2009

Eldest

Segue o tempo e com ele a vida de Eragon...mistérios que se desvendam e outros que nos alimentam por mais tempo na sede que sentem os que como eu gostam deste tipo de histórias...um misto de fantástico com emoções humanas onde o nosso herói consegue desbravar um pouco mais do seu passado e de si próprio num processo de crescimento interior forçado mas cujo objectivo é salvar o mundo do tirano que teima em matar quem a ele se opõe.

Continuo a gostar muito da escrita deste autor e esperei febrilmente pelo terceiro que no fim não era o último. Li este logo a seguir a ter lido o primeiro fascinada não só com a idade do autor como pelo enrredo que me apaixona.


sábado, 8 de agosto de 2009

Os senhores da Guerra

O último livro da saga "O imperador"...e é absolutamente fantástico!!! Conn Iggulden passou a ser um dos meus escritores de preferência, pois o seu dom para a escrita maravilhou-me!

A descrição da Vida de Júlio César já me fascinava no passado, pois das suas mãos um império ganhou força e lugar no tempo que ainda hoje é recordado e visível, ou não fossem as ruínas romanas um marco da passagem deste povo por inúmeros lugares.

No centro deste último livro, encontramos um Júlio César sedento de conquista e se no passado condenou todos aqueles que tentaram saciar a sua sede de poder sem olhar a meios, também ele algures no tempo vira o seu pensamento e se deixa levar pela fama alcançada com intensão de também ele se tornar um imperador...objectivos elevados e que incomodam amigos próximos. E entre eles Marco Bruto que abandona o seu amigo indo juntar-se a Pompeu. Acredita Marco Bruto que se pompeu ganhar a primeira grande luta entre Romanos talvez roma recupere o passado de uma républica que tudo tinha para vingar e honrar os seus cidadãos. Mas Pompeu perde e Marco Bruto é obrigado a retornar para debaixo das asas de César, um César que o perdoa deixando muitos inquietos com tal atitude. Neste perdão, conseguimos ver um pouco da grandiosidade de Júlio César que julgamos ter sido perdida na sua cegueira em construir um Império. Um homem que honra as suas amizades acima de tudo.

Mas é no Egipto que se dá a grande reviravolta em Júlio César e também aqui este encontra Cleopatra, que lhe dá um filho...o filho sonhado e no qual depositam os dois a esperânça de um dia este ser imperador de Roma e do Egipto.

Júlio César regressa a Roma, no final de quase uma vida a combater e é em Roma que morre às mãos dos que na Républica acreditam e que em César apenas vêm um homem sedento de poder...o resto da história conhecemos todos "Também tu Bruto?"...

Mesmo ficcionado, não deixa de ser uma saga repleta de aventuras não só em batalhas travadas entre povos, mas também repleto de batalhas travadas por cada um dos personagens históricos aqui descritos...afinal no fim somos todos carne, osso e alma...e é aqui que se trava a maior de todas as batalhas!!!

Não posso descrever muito mais deste livro nem dos outros, porque é apenas na leitura dos quatro que irão compreender a grandeza da história de Júlio César que mesmo ficcionada em algumas partes é descrita com uma emoção que me cativou e que de certo vai dislumbrar os que de História gostam.

Obrigado Pai, por me teres aguçado a curiosidade nestes livros!!!!






quarta-feira, 29 de julho de 2009

Campo de Espadas

E num ritmo de tempo que não pára segue a vida de Júlio César que me continua a maravilhar não só pela pessoa em si, mas pelo General em que se tornou e que neste terçeiro volume marca pela diferença.

Num atropelo de acontecimentos Júlio César continua as suas conquistas numa Roma cujo espírito e dignidade se perde algures por entre aqueles que apenas no poder desmedido encontram seu belo prazer, esquecendo que uma cidade, um povo é feito de pessoas.

Rodeado de amigos, Júlio César atravessa aqui um periódo na sua vida, o olhar para o passado, a nostalgia de um tempo em paz, mas também um olhar pelo futuro cheio de grandiosidade, pois com honra e muito respeito pelo povo romano, Júlio acredita que pode devolver ao seu povo uma república sem injustiças e com uma paz que julga que todos merecem.

Conquista a Gália e o respeito por muitos reis deste território, pois sempre com um número inferior de soldados, Júlio César consegue vencer todas as batalhas não só pelas tácticas aplicadas como pelo amor e respeito que os seus homens lhe têm...ele percebe aqui o que um dia o Tio lhe disse...soldados não vão para a guerra pelo seu povo mas pelo seu general

Neste livro começamos a sentir o descontentamento de Marco Bruto perante algumas decisões e acções de Júlio César que fragilizam uma amizade de infância que de certa forma encanta o leitor.

Um livro fantástico, escrito como os anteriores de forma ficcionada, mas que confere e respeita o lugar que este imperador ocupou na História da Humanidade.

Já estou a ler o último e sinceramente, há muito que não lia uma obra de ficção tão boa!!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A morte dos Reis

Se pensei que o primeiro era fantástico o segundo surpreendeu-me ainda mais e de tal forma que já me encontro a ler o terceiro.

Júlio César obrigado a sair de Roma pelo Ditador Sula, embarca numa galera ao serviço da marinha romana e numa aventura sem precedentes é capturado por piratas. É este o momento de viragem da sua vida, o momento em que nas piores condições se vê forçado a lutar pela sua sobrevivência e dos que sobreviveram ao ataque dos piratas...aqui começamos a ver um Júlio César que através do Dom da Palavra, faz com que o sigam sem hesitação. E assim, após libertado, segue o seu rumo com o objectivo de recuperar os resgastes pagos e vingar todos os que morrem às mãos dos piratas...e consegue-o com uma agilidade e perícia sem igual.

No mesmo espaço de tempo, também Marco se destaca perante os outros pela sua perícia militar que fazem dele no fim de um curto espaço de tempo, um guerreiro sem precedentes mesmo perante os seus inimigos. O seu regresso a Roma é marcado pela conquista em reaviver a legião de Mário e consegue erguer das cinzas um nome outrora proibído.

Roma agita-se, Sula morre assassinado por Tubruk, o escravo liberto do Pai de César que apenas nestas morte encontra a salvação para a mulher de Júlio, sistematicamente abusada pelo imperador Ditador.

Mas roma não pára, nem o mundo à sua volta e Ri grego volta ao ataque deixando um rasto de morte pelo caminho, rasto esse que César apanha no regressa a casa. Vendo que dificilmente chegarão legiões que travem este assassíno, César com um pequeno exército consegue o imaginável...destruir este Rei...com a perícia do que se pode dizer ser de um grande militar, porque se a superioridade do número de homens traduz a vitória...o engenho e a inteligência são grandes armas.

Júlio regressa a uma Roma diferente da que deixou um dia, mas igual nas guerras políticas e na sede de poder. Regressa triunfante e com uma forma que começa a abaçar os mais fortes pilares daquele república...ele e Bruto (Marco) fazem mesmo a dupla imparável que se por um lado joga a seru favor por outro, inimigos nascem...e no final desta livro, após um periodo ausente de casa a combater um exercito de escravos revoltados, César perde a mulher e o seu grande amigo Trubuk. É o cair de muita coisa...é o desespero que se instala no fundo de Júlio César, perder a mulher cuja relação de detiorava talvez pela sua fraca presença em casa e perder aquele que foi como um Pai para ele...é o início de uma luta interior...

Como referi no início já começei a ler o terceiro...é fascinante a forma como este autor escrever e num mesmo espaço de tempo, vamos lendo passagens dos momentos de todos os principais personagens.

Neste segundo livro o importante a reter é o amadurecer de um jovem romano, César, perante a vida e os atropelos aos quais é sujeito...ele revela capacidades de liderânça que assustam muitos e com isso, César é enviado para Espanha...o cenário de início do terceiro livro...vamos ver então que aventuras nos reservam este livro...






quarta-feira, 1 de julho de 2009

As portas de Roma

Envolvente e apaixonante para pessoas que como eu têm um fascínio pelo Império Romano. A vida de Júlio César apimentada de aventura, romance, traição e todos os ingredientes que nos aguçam o apetite ao longo das páginas desta quadrologia.

O grande César é-nos apresentado neste primeiro volume como uma criança de oito anos em plena infância...em plena descoberta da vida. Filho de um senador, homem honrado face ao clima de um senado de certa forma decadente onde a sede de poder ultrapassa tudo, Caio ( Júlio César) aprende com o exemplo do seu Pai que na vida existe muito mais que corrupção...contudo nada o preparava para aos 14 anos ser confrontado com a loucura de um clima de horrores que assombram a sua adorada cidade.

Após perder o seu Pai num momento conturbado de revolta dos escravos, Júlio procura o apoio junto do seu Tio, Mário um legionário de respeito, cuja legião é conhecida pela bravura das suas acções. Mário conhecedor dos meandros e podres de um senado em tudo menos puro de intenções, consegue no pouco tempo de contacto com estes jovens incutir-lhes o espírito de luta até mesmo pelos mais pobres, que graças a Mário podem ingressar agora numa legião, acesso que lhes era negado pela oriem destes...mas o que é a condição social quando no fundo todos somos iguais...seres humanos pelos quais o respeito deve ser o mesmo.
Caio junta-se ao Tio nas lides políticas e Marco embarca da aventura da sua vida, ingressar numa legião.

Numa reviravolta do destino, Mário é morto por aquele que tentou afastar de roma e que se transforma num Ditador sem precedentes e Caio é obrigado a sair de roma, abandonando amigos e a sua querida família...mas voltar é o seu objectivo e restituir a roma, a cidade bela a paz a sua missão.

Poderá ser apenas mais uma história sobre Júlio César, mas este livro têm uma dinâmica que me abraça de forma violente na minha sede de leitura..leio coisas sobre amizades verdadeiras e verdadeiras missões de vida, num mundo onde a traição e a sede de poder impera...uma verdadeira luta. Existem um conjunto de personagens que nos maravilham para além de Caio e Marco. Um escravo liberto que dedica a sua vida à família de Caio, um ex-gladiador, homem frio que ao preparar Caio e Marco nas lides do combate gaha por estes uma afeição sem precedentes, Alexandria, uma escrava que mesmo na sua condição não perde a coragem e agarra-se ao seu sonho com uma força e convicção fantástica.

Estou a ler o segundo volume e só vos posso dizer que se pensei que depois do primeiro, não me iria surpreender tanto...enganei-me.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

As tribos do sul



Diferente dos primeiros dois livros, o cenário apresentanos uma época mais próxima da nossa, onde os primeiros automóveis circulam pelas estradas de braços dados com coches. A emancipação das mulheres é outro aspecto curioso deste livro, porque aqui são recordadas todas aquelas que num passado nos permitiram a todas um lugar na sociedade com direito de voto e outros.

O progresso por vezes traduz-se no atropelamento de crenças e costumes. Numa época em que a libertação feminina dá os seus primeiros passos, num dos poderes de Corsa, uma jovem é introduzida de forma forçada no meio de uma tribo que aspira a salvação de um pedaço de terra. Nela se depositam todas as esperânças de salvar as tribos do sul, pois acreditam que só ela será capaz de dialogar com aqueles que por sede de riqueza destroem um pedaço de terra sagrada e que no passado das terras de corza havia sido tido como garantido e resgardado para as gerações vindoras. A nossa bela personagem, descobre que nas tribos uma essência da vida baseada na simplicidade e crenças. Descobre que afinal os tão prototipados por selvagens são seres humanos que sentem como todos os outros.

Abraçando as tribos, dedica a sua vida à salvação das mesmas e apesar de não atingir a totalidade dos seus objectivos, o que de certa forma a desmoraliza, consegue marcar uma posição pela diferença: lutar pelos interesses de povos diferentes da sua raça.

Existe uma pontada de romance neste livro, um amor impossível, mas que aos dois concede uma energia e uma alegria, que lhes permite prosseguir com a vida. Por palavras e gestos, estes dois encontram no outro a sua metade talvez perdida e no final...

Confesso que gostei mais dos dois primeiros livros, talvez porque a meio do livro a nossa personagem principal passa a vida a remoer e a sofrer com as suas incertezas. Quando pensamos que finalmente ela encontra o seu caminho, algo a atira para o fundo...mas talvez seja assim mesmo, o cair para de novo levantar a cabeça.


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Crepúsculo

Se vampiros sempre inspiraram escritores e produtores cinematográficos, eis uma história que ultrapassa o que interiorizei sobre estes seres maléficos sedentos de sangue.

Se no passado a coexistência de vampiros com humanos era impossível nesta história o mesmo é contrariado. Bela, uma adolescente de 17 anos decidi ir viver com o Pai, para uma pequena cidade. Até aqui tudo normal, não fosse um estranho colega e um conjunto de pequenos incidentes alimentarem uma ideia que fervilha no seu cérebro: Edward um vampiro...e confirmada a sua teoria, Bella entre no mundo dos Vampiros Vegetarianos, como se auto-denominam, pois alimentam-se de sangue de animais e não de vampiros.
Ela descobre que estes seres não são nada do que as histórias fantásticas descreviam e encontram em cada um deles algo de especial, porque cada vampiro desenvolve um Dom após a sua passagem de mortal e imortal. É curioso a forma como interagem com humanos, em especial o Pai de Edward que após tantos séculos de medicina, utiliza o seu conhecimento em benefício dos humanos.

Sendo vegetariano, Edward inicialmente fica desorientado pelo odor de Bella que desperta nele algo diferente, uma vontade enorme de estar junto dela, o que em vampirez se traduz por amor...fantástico!!!! Nasce um amor...e ao longo do livro os sentimentos de cada um são descritos de uma forma intensa, coisa que me maravilhou neste livro. Sim, um vampiro apaixonada e capaz de travar uma luta intensa em morder na sua amada é obra!!! Afinal ele esperava por Bella e de tanto a esperar, afinal não estava preparado...até porque sendo ele capaz de ler pensamentos, descobre e isso confunde-o que os de Bella não consegue, pois a mente desta não permite, sem esta perceber porquê, que nela deambulem. Um amor estranho, mas bem adaptado ao que são as emoçoes que resultam deste sentimento, porque vampiro ou não, afinal segundo a autora sentimos da mesma forma.

Problema: Sendo humana, Bella transforma-se na presa de um grupo de vampiros nómada e aqui começa a aventura em que a família Cullen tenta a todo o custo salvar este jovem que após algum tempo, mesmo sendo humana é também ela parte da sua família.

...sem dúvida um livro que na área do fantástico desperta a imaginação e as emoções de quem como eu gosta deste tipo de livros. Deixamo-nos levar facilmente pela imaginação e cada página um mundo de palavras que cativa ao longo da história.

Também tem a sua pitada de comédia esta história, porque quando Edward decide levar Bella conhecer a sua família, esta está mais preocupada com a sua aparência do que ir para o meio de um grupo de vampiros...e como esta, outros momentos engraçados.








domingo, 7 de junho de 2009

Nenhum Olhar

Vencedor da segunda edição do prémio literário José Saramago, "Nenhum Olhar" é um livro curioso e diferente de todos os que li até agora. Uma história numa pequena aldeia, onde a simplicidade do dia a dia contrasta com as incertezas e certezas incertas das histórias de cada personagem. Tormentos que guiam a vida, tormentos que desafiam o caminho onde as encruzilhadas são autênticos desafios e interrogações sobre continuar a viver ou simplesmente acabar com os tormentos. São as incertezas certas que sentimos misturadas em trágicas histórias repletas de diálogos ricos em palavras e significados.

Deixo aqui uma das passagens deste livro que vos dará uma ideia da riqueza do seu conteúdo:

"Penso: Talvez haja luz dentro dos homens, talvez uma claridade, talvez os homens não seja feitos de escuridão, talvez as certezas sejam uma aragem dentro dos homens e talvez os homens sejam as certezas que possuem"

Como esta existem várias do género que enquanto lemos se apresentam como um desafio também à nossa filosofia de vida!!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Alguém para amar

Jace Montgomery é nos apresentado como um homem cuja vida se confronta com a dor de um passado recente no qual perdeu a sua noiva num suposto suicído cuja explicação o move em direcção a um mistério numa pequena Aldeia Inglesa.
Americano de Nascensa e pouco habituado aos rituais Ingleses, adquire uma casa cujo passado e presente é assombrado por um fantasma...mas quem acredita neles??? Jace descobre que para além de estes afinal existirem existe algo que o impele em ajudar o fantasma de uma rapariga que também ela aparentemente se suicidou como resultado de uma história de amor inacabada.
Assumindo o papel que quem procura uma história para escrever sobre uma casa assombrada aos poucos vai descobrindo as peças do que realmente o levou a Inglaterra: um passado desconhecido por si daquela que amava. E numa luta interior muito grande, encontrar as peças todas leva-o a locais inexistentes no que chamamos de o nosso ser interior, quando conheçe a jovem jornalista e se apercebe que afinal o fim não existiu, porque se no tempo da dor julgou ser incapaz de amar novamente, no futuro que desconhecia e agora vive, é no amor que ele encontra não sou a alegria perdida como o seu eu...e a razão da natureza humana: amor e amizade!!!!

É um livro apaixonante, na minha humilde opinião, cuja narrativa é repleta de diálogos, alguns deles que me fizeram rir com gosto!!!! É sempre bom rir um pouco ao ler certas histórias, porque como me disseram hoje rir é realmente uma excelente terapia e uma manifestação de alegria enorme!!!


segunda-feira, 1 de junho de 2009

O portão do corvo

O portão...como diz a contra-capa: "Antes dos tempos existia o portão..."E aqui começa a aventura!!!

Como em todas as lendas ou histórias, em tempos remotos 5 crianças dotadas de poderes mágicos, combateram estas criaturas (os Velhos) e no final fecharam-nas num mundo paralelo...mas séculos passaram e o poder do mal ameaça mais uma vez a vida normal do comum dos mortais. E no tempo presente, porque se normalmente, este tipo de livros do fantástico nos leva para tempos remotos, esta história passa-se nos dias de hoje, a ameaça está mais viva do que nunca.
Suspense e com uma mistura de sobrenatural, a história deste primeiro livro cresce em torno de Matt, orfão e entregue a uma família de acolhimento aos 14 anos, no qual julga que pode encontrar um pouco do afecto que deixou de ter no dia em que num trágico acidente, por si previsto, perde os Pais. Mas como a luta entre o Bem e o Mal nunca se extingue, é precisamente na aldeia onde vive esta família que Matt descobre um conjunto de pessoas cujo objectivo é apenas um: Libertar os Velhos. E ele apenas um dos cinco alvos a abater, porque se no passado essas crianças venceram o mal, agora no presente e acreditando que de certa forma estas podem voltar, o seu destino apenas pode ser um: a morte.
E no meio de uma luta interior muito grande, pois mesmo tendo o tempo passado, Matt nunca se refez da morte dos seus Pais, especialmente porque devido a um Dom que sente ter mas não aceitar, soube prever a mesma mas não evitá-la.
Acabar com os Velhos transforma-se numa missão quase impossível, porque quem é que nos dias que correm acredita em feitiçaria???????







domingo, 31 de maio de 2009

A Filha da Profecia

O terceiro e último livro da triologia SevenWaters onde escolher entre o ódio e o amor torna-se na luta pessoal da Jovem Faine, filha de uma relacção proíbida que se vê forçada pela sua avó, a poderosa feitiçeira que no primeiro livro tentar conquistar o poder de sevenwaters.
Faine cresce isolada do mundo com o seu Pai, aprendendo a magia e a simplicidade de uma vida dedicada ao isolamento.
Mas se a sua vida era simples, de um momento para o outro, Faine vê-se como um instrumento da sua avó e chatangeada é impelida a destruir a sua família, família que encara como a origem da destruição da sua mãe e infelicidade de seu Pai. Para seu grande espanto durante o penoso caminho que percorre, Faine encontra nestes o amor que nunca teve de uma família e se a sua avó julga que a domina...como diz a célebra frase: o feitiço volta-se contra o feitiçeiro, porque esta jovem descobre que é na amizade e no amor que reside a verdadeira magia da vida e com isso põe fim aos planos maléficos da sua avó.
A beleza das lendas Celtas volta a tomar o seu lugar também neste livro e a escrita desta autora, mais uma vez me surpreende. Ela consegue descrever as emoções que os seus personagens sentem de uma forma magnífica e de certa forma troca-nos as voltas com os finais dos seus livros.
E assim termina esta triologia, onde a amizade, o amor e a família destacam-se pela pureza e beleza dos seus sentimentos, acções e palavras.

Eragon

Lido no ano em que foi publicado, perdi-me por este livro, enquanto me afundei literalmente na história mirabolante do pequeno Eragon.
Um ovo de dragão muda a sua vida de um dia para o outro e se Eragon pensava que não passava de mais um camponês destinado a uma vida simples e normal, engana-se porque o tempo não pára e o futuro incerto mas espantoso espera-o. Num mundo onde seres de várias raças vivem, as diferenças são postas de parte com um objectivo: enfrentar e tirar o poder a um certo tirano cuja sede de poder fez nascer um clima de horror e desespero. Eragon, torna-se na esperança de muitos, quando em tempos remotos os cavaleiros dos dragões desapareceram. Ele é o cavaleiro há muito esperado, porque se ovos existiam, apenas eclodem para o seu cavaleiro e Safira esperou séculos até ir parar às mãos de Eragon. E aqui nasce uma amizade incrível dotada de uma força sem limites e em torno destes dois, vários personagens: Elfos, Anões, Guerreiros de várias raças, com muita magia, encantamento e aventuras sem fim num enredo bem criado, na minha modesta opinião.
E mesmo com muita magia e fantasia, esta história tem o que chamo de condimentos importantes: amizade, romance, vidas passadas obscuras e mistérios que desvendados aos poucos vão alimentando a nossa imaginação.

Fui ver o filme, apesar de na altura ter ficado um pouco desiludida em termos de história pela misturada neste primeiro filme de algumas coisas do segundo livro, vim do cinema encantada com os efeitos e mais: a banda sonora que ainda hoje oiço e que é fantástica.

Apontamentos de cozinha de Leonardo Da Vinci

Como diz a contra capa, eis o lado desconhecido de Leonardo Da Vinci: a sua loucura pela cozinha e desta paixão nasceram alguns dos inventos mais famosos deste mestre do Renascimento.
Conheço os trabalhos de Leonardo Da Vinci, mas desconhecia esta sua faceta enquanto Mestre de festas e banquetes na Corte de Ludovico Sforza. Se julgam encontrar neste livro apenas algumas das suas invenções para a cozinha, algumas delas fantásticas encontram também receitas culinárias por este Mestre criadas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Filho das Sombras

Maravilhoso!!! Absolutamente maravilhoso!!! Na continuação de A Filha da Floreste, este segundo livro da triologia sevenwaters surpreendeu-me pela história e pelas emoções por mim sentidas. É certo que de todos os livros retiro algo sobre o qual medito e por vezes me identifico com, porque por muito que um livro se encaixe como este no reino da fantasia, as histórias têm o seu toque de real.
Liadan é filha de Sorcha, a personagem que com grande coragem e determinação salva os seus irmãos de um poderoso feitiço e se transforma num exemplo de vida para todos. Mas se as forças do mal, pareciam ter adormecido, neste segundo livro, apenas uma criança poderá salvar sevenwater e é no filho de liadan que é depositada essa esperânça. Mas não é sobre o que esta criança pode fazer que reside toda a maravilha desta história, porque esta termina com este ainda muito pequeno. A história de coragem e de amor, entre Liadam e o Homem Pintado, um mercenário implacável que reside todo o encanto. Um amor que nasce previsível e ao mesmo tempo não...porque foi essa a sensação que tive. Um amor que une e ultrapassa o impensável, talvez seja a melhor forma de descrever. Um amor tão forte que quando Bran, o Homem Pintado, parece morrer para o mundo, faz o impossível. E mais, se no primeiro livro, as criaturas encantadas parecem dominar tudo, aqui vêem-se confrontadas com a força deste amor que as engana nos seus propósitos. Um amor que tem o seu final feliz mas que até lá nos presenteia com as emoções e dor da separação, enquanto liadan espera por um filho e protege o pai do mesmo do conhecimento dos restantes não fosse este ser o famoso mercenário implacável.
A força da amizade também está bem presente neste livro e o amor em família também...agora é a parte em que digo que enquanto a autora descreve os ultimos momentos de sorcha a mãe de liadam, senti as lágrimas percorrerem a minha face. É tão intenso o momento e a descrição tão profunda que chorei...sim...confesso e há muito que nem com um filme ou livro me acontecia. Porque se a morte nos assusta um pouco, tendemos a esquecer que perdendo um ente querido ele permanesse no nosso coração!!!!!

Sangue de Dragão

Como diz um amigo meu estão na moda as histórias com dragões, elfos e outras criaturas estranhas. E assim o senti eu quando começei a ler este livro: Uma terra inexistente fruto da imaginação da autora onde outrora existiram dragões que conviviam com todas as raças, possuindo alguns deles a capacidade de transformarem e assumirem a forma dessas raças. E fruto disso que nasce a personagem principal Aelanna filha de uma Elfo e de um dragão feitiçeiro. O não conseguir assumir a sua diferença perante os outros e o tentar contrariar aquilo que ela é, leva-a na procura de uma pedra que controla os dragões, como forma de eliminar parte da sua pessoa. Se no início parecia de facto mais uma história da moda com um toque pessoal no fim revela-se como uma luta pessoal em aceitar o eu. E esta é a mensagem deste livro...eu já sei que retiro sempre algo dos livros e talvez por isso a minha sede de leitura...mas Aelanna descobre que não podemos negar o que somos e se para nós próprios a diferença pode à partida ser um defeito, aos poucos ao aceitarmos aquilo que somos encontramos a paz desejada. É uma luta interior muito grande por vezes, porque tal como ela, muitos tentam nos dias de hoje camuflar o seu verdadeiro eu e com isso vivemos numa sociedade cada vez mais fechada e em parte egoísta.
Categorizado como um livro do Fantástico, no percurso levado pela personagem podemos ver como raças diferentes se podem unir num único objectivo e como que as diferenças marcadas pelo tempo e muitas vezes com razões perdidas ou desconhecidas podem ser alteradas.

A Filha da Floresta

Sempre senti um fascínio muito grande pelas lendas Celtas, cujas histórias podem em alguns casos ser autênticas lições de vida que nos dias de hoje se perdem. Esquecemos os actos de coragem e muitas vezes de sacrifício de seres que como nós viveram um dia e que mesmo imortalizados como seres por vezes encantados, também sentiram a vida e por vezes as encruzilhadas misteriosas com que a nossa vida se depara no seu percurso. encruzilhadas que no momento parecem torturosas e por vezes dolorosas mas que com o seu tempo aprendemos a ver ao olhar para trás que independentemente de tudo existe sempre uma decisão e uma escolha que só de nós pode partir.

Um livro encantado, foram as primeiras palavras que me ocorreram, porque se há em que perco a noção do tempo este foi um deles. Sorcha, a pequena sorcha que se vê obrigada a crescer de um dia para o outro, carregando o pesado fardo de salvar os seus irmãos de um encantamento. No silêncio desempenha a sua árdua tarefa, porque a mais simples palavra porá fim na única hipótese de os salvar.
O destino leva-a a outras terras, no cumprimento da sua missão e com isso a descobrir um povo odiado pelos seus, mas cuja figura de RED nos mostra que mesmo havendo um ódio marcado pela Guerra e sede de conquista é possível duas culturas existirem, porque como algures é escrito no livro, a amizade e o amor são afinal tudo e mesmo sendo todos diferentes no fim somos todos iguais, nestes dois sentimentos que em parte nos alimentam como pessoas que somos.
Uma das partes mais interessantes neste livro para além de um amor que surge no silência da ausência de palavras como forma de comunicação, é o significado de família, que infelizmente hoje por vezes se perde. A família é tudo e os amigos, mesmo não tendo o nosso sangue são também eles uma parte da família muito especial.
A descrição do amor como sentimento atinge uma proporção maravilhosa neste livro. O amor nem sempre nasce num impulso do momento. O amor pode nascer de uma amizade e nesse tipo de amor, tal como podemos ler neste livro, reside o verdadeiro sentimento. Se de paixão de alimenta o Homem, de amor respira a alma!!!!

A Ilha das Garças

Li sofregamente como há muito não o fazia!!! Um tipo de escrita leve que embala o leitor numa história simples...simples como no fundo são as nossas vidas.
A essência deste livro é o confronto ou diria mesmo o reencontro com a nossa própria pessoa que tendemos a esquecer quando mergulhamos no dia a dia das nossas vidas.

E algo ou alguém é a chama que acende o rastilho de uma bomba, o nosso eu que se contorce invisivelmente, fechado e encurralado muitas vezes na negação de quem somos e do porquê que vivemos. A explosão é intensa no confronto com os nossos sentimentos. Acordamos repentinamente e respiramos como se tivessemos estados emergidos durante alguns minutos e se nos segundos seguintes sentimos a dor de voltarmos a respirar novamente também imediatamente inpiramos fundo e sentimos que estamos vivos...respiramos!!!

Nunca é tarde para recomeçar é como diz o USA today a mensagem deste livro!
Numa envolvente história de renascimento, um amor proibido mostra que mesmo sem o famoso final feliz de um grande amor, é possível com ele solidificar o futuro. Por amar não é só sentir é crescer...viver como não é possível com outro sentimento. Falo por vezes que existem diversos tipos de amor e neste livro encontrei ma opinião parecida com a minha. O mais comovente é o amor de um pai que por motivos apenas revelados no final nos ensina que existem sacrifícios que vão além do que podemos compreender, e mesmo que o mesmo signifique a distancia.


Um pequeno aparte talvez pelo resultado da leitura e meditação que fiz um pouco ouvindo um CD de Jazz...sorrimos pouco e um sorriso vale mais que mil palavras...vivemos num curto intervalo de tempo e cientes dessa realidade continuamos simplesmente a viver como se fossemos imortais...certo apenas é o dia de hoje e é hoje que devemos sorrir!!!!

Manual de Caça e Pesca para Raparigas

As famosas regras do acasalamento que tanto tentamos perceber mas que nunca chegamos a conclusão nenhuma porque a vida dá sempre voltas e nunca se sabe bem como vai reagir o outro espécime. Um livro light que conta os dilemas, certezas e incertezas de uma rapariga de 28 anos. E tem uma pequena coisa engraçada, uma sátira bem feita a todos os manuais e artigos que se vendem sobre "como encontrar o homem certo" ou "saiba qual o seu par indicado"...enfim toda aquela panóplia que encontramos em várias revistas femininas e que por vezes são seguidas à risca.

...uma pequena nota...uma colega minha quando leu o título ficou a olhar para mim e só passados uns segundos sossegou, porque acreditava que este era mesmo um manual de pesca para espécies masculinos ahahahah o mais incrível foi ver a reacção das pessoas que iam ao pé de mim nos transportes públicos enquanto eu lia....fenomenal!!!!!

A Coroa de Sangue

Na continuação das Terras de Corza, surge este segundo livro que à semelhança do primeiro me agarrou pelas palavras e história descrita. Um reino onde impera uma monarquia absolutista, um horrível regicídio tem lugar, obrigando o jovem Eiron, sobrinho do Rei a mudar toda a sua vida. O que no início parecia um crime sem sentido revela-se como mais um passo fruto da ambição cega pelo poder por parte...não posso revelar senão tiro todo o mistério.
Posso dizer que Eiron se vê confrontado com a responsabilidade de erguer o seu reino Natal, lutar pela paz de todos e em parte pela sua. É aqui que o livro me cativou: À semelhança de Eiron todos nós travamos em muitos momentos lutas interiores muito grandes, duvidando mesmo em alguns momentos do motivo da nossa existência. Fechamos a alma e erguemos muralhas à nossa volta...mas quando menos esperamos algo muda e tudo um dia fará sentido.
Também neste livro podemos encontrar verdadeiros exemplos de amizade, amizade essa que será fundamental no decorrer desta história...Todos diferentes todos iguais...em que as diferenças são deixadas de lado quando nos une uma causa...é lamentável que a nossa realidade nem sempre nos proporcione tal...contudo a esperança é a última que morre!!!

Solstício de Inverno

Um doce livro este com um final de pura magia, amor e amizade.

Elfrida Phipps troca Londres pela pacífica aldeia Dibton, onde o dia a dia para além de mais calmo é rico nas relações entre vizinhos tão diferentes das relações numa grande cidade onde mal nos vemos e mal nos conhecemos.
Um trágico acidente atira com Oscar Blundell seu vizinho e amigo para um período conturbado da vida deste. De um dia para o outro o que era verdade desaparece e com ela a sua família. Impulsionada por uma grande amizade e como podemos constatar mais tarde um grande amor a este amigo, Elfrida decide abandonar esta aldeia e ir para uma pequena casa na Escócia. E começa aqui a grande aventura desta vida, porque no desenrrolar da vida destes dois, juntam-se mais personagens, todos eles à procura de algo que preencha o vazio das suas vidas e é ali, que entre a amizade e apoio familiar tudo se encontra e os sonhos alcançam a realidade.

A Escócia é para mim um sítio mágico, pois numa aventura de 700 km num único dia, contemplei a beleza e a simpatia das gentes dos vários locais por onde parei. Ler este livro foi para mim não só uma fantástica leitura como o recordar de um momento que me marcou pela simplicidade e maravilha das amizades e cores.

Das Tripas Coração

Divorciado, filho e sobrinho único. Uma relação deteriorada com o filho a que se soma a frustração profissional, a solidão permanente e a incapacidade de conseguir uma relação estável que tanto procura, embora o negue em certos momentos.
E ainda por cima, o seu amigo da farra está terrivelmente apaixonado e claro que Eduardo, o nosso personagem, de certa forma sente que se já estava só, agora é que são elas. Um confronto, a realidade com pequenas histórias como são todos os pequenos momentos da nossa vida, apresentados numa abordagem curiosa e fantástica.

O caçador de Raposas

Por vezes a vida passada de uma família onde um crime recente faz levantar as mais previsíveis suspeitas, pode servir de ponto de partida para que outros se aproveitem da fraqueza humana e com ela possam servir a ganancia tão característica daqueles que não medem as suas acções para atingirem os seus objectivos...chantagem emocional, homicídio, roubo, tudo elementos constantes deste livro. Este fantástico livro explora a psicologia humana conduzindo-nos de forma misteriosa a um final imprevisível.
Se o final é imprevisível...pelo menos para mim foi...porque também eu me deixei convencer por factos falsos e na minha natureza humana julguei sem compreender...é que no seio de uma família cujos laços o tempo destruiu, os piores momentos revelam que afinal apesar de tudo a família é importante e que sempre mas sempre, ela estará presente.
Resumindo, se gostam de um bom policial com uma pitada de emoções fortes, vale a pena ler!!!!

um homem com sorte

Julgo que já devem ter percebido que tenho uma paixão por livros históricos romanceados, mas de vez em quando confesso que me sabe bem ler um romance. Nicholas Sparks é um dos meus autores favoritos e agradeço ao meu Pai Natal Avó Juju pela oferta. E nada como um bom romance para nos deixar a suspirar e a pensar em vários assuntos.
Nem tudo o que parece é e por vezes quando menos esperamos o amor nasce. Neste livro a saga amorosa revela-se uma batalha interior dos próprios personagens: as ansiedades, os medos, as certezas das incertezas...tudo que sentimos enquanto não somos abençoados com o amor com que sempre sonhámos. Esta luta revela aos poucos que apesar de tudo somos seres que sentem e que baseados nisso vivemos e respiramos desses mesmos sentimentos numa dependência em tudo semelhante a precisarmos de oxigénio para viver. E mais, nem sempre o mau caracter das pessoas é o que parece ser. Neste livro o personagem psicótico e doentio revela-se afinal como uma pessoa capaz do maior acto heroico o qual julgamos ao longo do livro ser impossível dado o seu egoísmo perante o próprio filho.
E mais...só lendo mesmo...desde que sejam apreciadores de romances.

A educação de um vigarista

Num cenário pós depressão norte americana de 1929 este livro descreve o dia a dia de todos os que tentam sobreviver a crise instalada e os sacrifícios que famílias se submetem para conseguirem viver...um pouco à semelhança do que assistimos agora. Uma luta diária no desespero e também na esperança que o amanhã seja melhor que o hoje. E enquanto o tempo passa um jovem vê-se envolvido no mundo das vigarices. "acarinhado" por dois profissionais desta profissão ele vê-se envolvido por um mundo pelo qual não sonhou, mas um mundo que lhe ensina e, ao contrário do que pensamos pelo caminho que supostamente julgamos que irá seguir, que mesmo na perdição existe redenção.
Impressionante os esquemas de vigarices descritos e alguns hilariantes pela arte, porque é tido como arte o enganar o outro, não para o roubar. Aliás, é dito por um dos personagens que vigarista honesto não é ladrão no sentido da palavra em si, o vigarista apenas consegue de forma planeada e arquitectada que os Otários lhes entreguem o dinheiro e sem chantagens de algum tipo. E com as histórias das vigarices que vão aplicando e que com algumas me ri, o autor cativamos pelos sentimentos e pensamentos do jovem personagem.
O jovem Jack consegue ganhar o lugar no pódio dos vigaristas aplicando um simples golpe ao casal que de certa forma o ensina nos primeiros passos e quando pensamos que ele irá fugir com o dinheiro, o autor consegue apresentar um final muito bom: No percurso de fuga, por cada local por onde passe distribuí o dinheiro e eu que pensei que ele continuaria de certa forma a aplicar os esquemas aprendidos e no qual se torna Guru. E no final acaba por...não vou contar o final, como nunca o faço. Mas por fazer algo que o Pai lhe tinha dito e que ele recusara sempre por pensar que o Pai teria enlouquecido de vez.

O Sorriso das Estrelas

Nicholas Sparks continua a ser um dos meus autores preferidos quando procuro uma leitura calma e coincidência ou não, leio sempre os seus livros em fases da minha vida em que algo nestes livros me ajuda a meditar um pouco.
O divórcio é o cenário de fundo deste livro: O recomeçar de uma vida após uma fase conturbada que nos faz olhar um pouco para dentro de nós próprios como se algures no tempo nos tivessemos esquecido que existimos.
Um encontro num periodo da vida de recomeço doloroso, em que os dois personagens de debatem com as escolhas do passado e olham para o futuro com receio, sentindo a solidão tão típica de um divorcio após muitos anos de convivência a dois, mesmo que tal por vezes se traduza num vazio em alguns momentos. Um momento nas vidas que se cruzam...um momento que nesta história se revela repleto de sentimento e sede de viver...um momento que fica no passado pelo sabor eterno da beleza do mesmo...um momento escondido e revelado num outro momento como exemplo de vida, quando Adrienne tenta puxar pela filha, recém viúva mostrando-lhe que existe mais no dia seguinte que a dor da perda. Que estás nas nossas mãos a nossa própria felicidade.
O curioso neste história é que os dois personagens que se envolvem numa paixão nunca sentida por ambos não ficam juntos. Cedo me apercebi disso e questionei o título do livro sem compreender o seu significado até que li as última páginas...O sorriso das estrelas...é sem dúvida o único titulo que se poderia dar a esta obra:

"Todavia, agora estava tudo acabado; tudo menos as recordações e essas eram mantidas com carinhos infinitos"...transcrevi esta frse do livro porque acho que a mesma diz tudo!!!

Equador

Um livro surpreendente para mim. Nada me indicava pelo título e pelo autor que uma vez lida a primeira página não descansaria enquanto não o lesse até ao final e assim foi, 4 dias depois estava lido, sempre até altas horas da madrugada e até os olhos aguentarem.
Uma história talvez como outras tantas, mas que na escrita de Miguel Sousa Tavares ganha uma riqueza única, numa época distante da nossa, envolta num calor do lugar em si. Paisagens descritas com uma simplicidade tal, que ainda hoje sinto que também eu lá estive e que ainda sinto os aromas dessa minha pequena viagem.

A sombra do vento

O primeiro livro que li deste autor e gostei tanto que quando dei por mim, estava a fazer noitadas a ler o que chamei de um livro de um kilo, pela grossura.
No mundo dos livros, este livro descreve-nos a história de um jovem rapaz que cresce ao lado de livros e por um livro e por um amor se vê envolvido na própria vida do autor do livro que prometeu guardar e proteger, quando lhe foi concedida a entrada no cemitério dos livros. Um local onde pelo menos existe um exemplar e que gerações de livreiros apadrinham um livro para toda a vida.
Um romance misturado com uma história mirabulesca de um amor perdido no tempo, amor que leva o homem como sempre às maiores aventuras e desventuras da vida.
Quanto terminei de ler o livro, tive como há muito não tinha vontade de o ler novamente e um dia num futuro próximo o farei novamente, quando o meu coração amante de livros estiver sequioso de uma bela história da vida.

O amor nos tempos de Cólera

“O amor nos tempos de cólera” é um romance soberbo, repleto de emoções fortes e sentidas pelos personagens desta história. Um amor de adolescentes, no início do século XX, que nos leva a um tempo em que casamentos por conveniência eram perfeitamente normais, ultrapassando muitas vezes os amores puros que escondidos mas não ficavam esquecidos, especialmente quando uma das partes algures no tempo, sem perceber bem porquê, repentinamente acaba com tudo. Mas neste livro, o amor transcende um pouco o que normalmente lê-mos, porque se na distancia os dois adolescentes se amaram, Fermina Danza, que se encheu de sonhos vê os mesmos numa perspectiva diferente no dia em que finalmente, em carne e osso, Florentino Ariza se aproxima e em fracções de segundos, a imagem construída na sua mente de jovem dama é destruída em fracçõs de segundos. Mas se para ela aquele era o fim, para Florentino Ariza, tornou-se na obsessão da sua vida…porque de amor respira a alma este jovem cresce ano após ano vivendo sempre na esperânça de um dia finalmente em seus braços ter a sua jovem amada. Ela casa com um jovem médico proeminente na sociedade e com ele, um amor diferente nasce. Porque mesmo em casamentos onde a “distancia” impera podem existir vários tipos de amor. Assim viveu ela casada num equilíbrio que nos é mostrado ao longo do livro como verdade, mas que após a morte do Médico, essa verdade afinal continha algures as incertezas que afinal ficam ou existem quando algures no tempo existiu um amor simples e puro.
E assim “Deixa passar o tempo e veremos o que ele nos traz”, uma frase magnífica lida no final deste livro, quando finalmente estas duas almas se juntam na sede de uma vida em paz, saboreando o dia a dia do tempo numa idade já avançada destes dois personagens…que magnificamente descrevem as emoções de sentirem a beleza de um amor que algures no tempo pensaram não existir!
O que mais me fascinou neste livro foi especialmente a descrição do amor na idade dos 40 aos 70…porque se aos jovens se atribuem as açcões loucas do amor, também as mesmas existem mais tarde e muito mais apuradas pela experiencia da vida e pela forma como olhamos e sentimos o mundo em nosso redor. O amor não tem idade…ele nasce, cresce e sente-se!!!!

Florentina

Quatro livros apaixonantes, escritos por Juliette Benzoni. Nunca tinha lido nada desta autora, mas a descrição do tipo romance histórico suscitou a minha curiosidade. Um retrato cativante da época, onde as descrições atingem um pormenor incrível. Achei fascinante, por exemplo, a descrição de locais. é de tal forma tão mágica que fechando os olhos, somos transportados para a época, vemos os edifícios, sentimos a emoção do momento e os cheiros no ar.
O percurso romanceado quanto baste, uma vez que a autora equilibra de forma cuidada romance/história.
Também impressionante a descrição das várias classes sociais e o nosso crescente fascínio pelos Florentinos, representantes sem dúvida da volatibilidade humana. Se num momento admiram flores noutro enforcam uma pessoa, como reacção natural e aceitável. Aprofundando um pouco podemos perceber as características ancestrais dos povos europeus dos dias de hoje.
Aconselho vivamente!!!

OS livros são: Fiora e Lourenço, o magnífico ; Fiora e Carlos, o temerário; Fiora e o Papa Sisto IV; Fiora e Luis XI, este último de todos o melhor, porque ao fim do terceiro julgamos nós conseguir deslindar o final e Luís XI conhecido pela sua inteligência notável oferece-nos um final digno de um REI

O Segredo

É um livro curioso, mas confesso que ao lê-lo não fiquei tão surpreendida como me disseram que ia ficar. Confesso que gostei de algumas citações que se encontram no mesmo. Mas de resto...nada mais a acrescentar.

Nunca desista dos seus sonhos

Augusto Cury, psiquiatra de formação, defende que no sonho se esconde a essência da vida e que se lutarmos pelos sonhos estamos a lutar pela nossa felicidade.

Neste livro, ele estuda três homens que marcaram a história universal por um sonho, um sentido. Não ofereceram dinheiro em troca, este elemento que nos nossos dias parece motivar mais as multidões que outra coisa. Estes homens apenas seguíram o seu sonho e com isso moveram muitos, conseguindo na História deixar um marco bastante importante e lindo.

Código Da Vinci

Comprei este livro, para tentar perceber a loucura que o envolvia e o porquê da sua procura desenfreada. Leonardo Da Vinci sempre me dislumbro como um marco na história da humanidade e de facto a história deste livro cativa todos aqueles que para além de uma boa ficção gostam de uma boa intriga misturada com os ingredientes certos da história universal. E quer queiramos quer não tudo o que envolva a Igreja, suscita a atenção. Uma excelente história esta. Quando terminei, comprei o livro seguinte, Anjos e Demónios e não passei do segundo capítulo, um pouco desiludida talvez. Acho que o primeiro é uma obra merecedora de todas as críticas que recebeu, quanto à segunda, esperava um pouco mais deste autor e quando dei por mim, parecia que estava a ler o mesmo mas noutro contexto.

Mulher procura homem impotente para relaccionamento sério

Pelo título já podem imaginar. Foi o primeiro livro desta autora que li e confesso que me ri que nem uma perdida. A nossa personagem cansada dos espécimes masculinos que não lhe dão a merecida atenção decide colocar um anúncio, com o título do livro...respostas ao anúncio...várias!!! E no meio das resposta e de uma história virada do avesso, no fundo como é a vida de muitos de nós, aparece um suposto impotente que cai de amores pela nossa personagem e que de tudo faz para parecer de facto um homem impotente. Ora a nossa personagem feminina, passado uns tempos reconhece em parte o seu erro, porque certas necessidade físicas a induzem nesse sentido e ele sofre as passas do inferno, e é mesmo este o termo, para manter a fachada com receio de a magoar...como raramente digo...homem sofre!!!!
Vale a pena...afinal o que seria da nossa vida sem uma pitada de emoção!!!

Um momento Inesquecível

Por vezes são realmente os pequenos momentos que nos surpreendem e nos marcam para todo um sempre, mesmo que nesse sempre, a pessoa com que nos cruzamos deixe de estar ao nosso lado. Um livro sobre o amor entre dois adolescente que se torna numa lição de vida para toda uma pequena e pacata cidade. Uma simples história de dois adolescente tão distintos que se apaixonam, as primeira emoções, o crescimento interior, o saborear como em tempos o fizemos nos nossos 17 anos e depois o choque, a doença e a morte. Uma cidade que acorda para a vida, reflectindo sobre o egoísmo cego que nos atinge nos nossos dias, quando desdenhamos crenças, personalidades e outras coisas.
Um final que nos deixa com as lágrimas nos olhos, pela coragem da personagem que é atingida pela doença, e porque no fundo, ao vivermos sempre a correr, perdemos a noção que o tempo corre e algo fica para trás...

A Soma dos Dias

A soma dos dias, é realmente um livro fabuloso, no qual Isabel Allende dá continuação ao famoso Livro Paula. Nele descreve, o dia a dia da sua tribo, família, como lhe apelidou. Retrata com muita cor, o que se segui-o à morte de Paula e para quem como eu, gosta de ler os seus livros, é-nos revelado de onde vem a enorme inspiração desta escritora.
De certa forma, foi um livro que me fez pensar em mim e em tudo o que me rodeia, porque também eu mesmo nos maus momentos consigo tirar o lado fantástico e lindo da vida.
Uma oferta da minha mãe, no momento certo da minha vida.

O Décimo Terceiro Poder

O primeiro da saga "Terras de Corza", foi para mim uma agradável surpresa. No início pensei que seria um livro muito ao género de Eragon e restantes. Mas enganei-me. Saciei esta minha sede de leitura com uma história magnífica sobre uma jovem dama, que tendo um passado misterioso e apenas revelado no final, assume uma posição que à partida a sua condição feminina não lho permitiria, mas que os ensinamentos recebidos por parte do seu Pai Adoptivo, um rei, a deixaram preparada para assumir e concretizar com sucesso a sua missão: descobrir o verdadeiro inimigo por detrás dos ataques sucessivos e conseguir a paz. A sua inteligência e sensibilidade alienadas com o apoio que consegue face à sua coragem são determinantes na sua missão que se estende para além da descoberta do verdadeiro inimigo. De certa forma esta história é um exemplo de quê após um conflito, o verdadeiro desafio é a manutenção da paz. E satisfazendo a curiosidade, sim tem romance pelo meio. Um belo romance com um final feliz.
Ao lermos este livro os mistérios são por nós desvendados mesmo antes de lermos. Isto poderia ser o suficiente para pararmos a leitura do livro, não fosse o mesmo rico em palavras que articuladas de forma simples mas bela, nos embalam nos sentimentos e pensamentos que vários protagonistas sentem perante: Traição, Decepção, Intriga, Amor, Laços familiares que vão muito além de simples laços de sangue, batalhas, morte, doença, amizade...tudo aquilo que ao fim ao cabo sentimos todos nestes momentos, mas exprimidos de forma sublime.
...é claro que ver uma dama envergar uma espada e cavalgar para uma batalha me encheu as medidas. Não por se tratar de uma mulher que desempenha o papel masculino tão ditado pelos costumes, mas sim porque esta classe acolhe esta dama com um respeito e admiração sem questionar no final o facto de esta ser mulher.

As Joias do Sol

O primeiro de três, e de todos o que mais gostei. Uma história tão comum de situações que nos levam a fugir e neste caso a regressar às origens. Uma bonita história de amor com um cenário maravilhoso. A descrição da paisagem irlandesa é de tal forma que conseguimos ver as cores e sentir os cheiros sem nunca lá termos estado.
A magia das gentes, cultura e muita amizade num conceito que se perde, a família.
Histórias de lendas e mitos que a mim me alimentam o conhecimento que prezo e adoro.

Os outros dois livros, "As lágrimas da Lua e o Coração do Mar", também com uma história de amor, mas a única coisa que confesso ter gostado nestes dois foi a continuação da descrição da paisagem e costumes Irlandeses.

Como água para chocolate

Uma obra notável desta autora mexicana que sempre nos embala ao som de um romance nos seus livros com ou sem o final feliz que tantos de nós gostamos.
Tendo como fundo o México Rural de 1900, o amor proibido é vivido entre os sabores e dissabores da vida de uma família e de receitas de culinária. Em cada capítulo é nos apresentada uma receita e o mais curioso é que a mesma parece enquadrar-se na perfeição com a história que vamos lendo e saboreando. Ficamos fascinados pelo história, pela cultura de um povo diferente do nosso e pela descrição dos sentimentos escondidos em tudo tão semelhantes aos nossos. Todos diferentes mas todos iguais nas emoções sentidas e vividas.

O Zahir

Aqui há uns tempos comentei com uma grande amiga minha que nunca tinha lido nada do Paulo Coelho e ela emprestou-me um livro deste autor. E logo nas primeiras páginas li o seguinte sobre o significado de Zahir "...É algo ou alguém que, uma vez que o contactamos, acaba por vir ocupando a pouco e pouco o nosso pensamento, até não conseguirmos concentrar-nos em mais nada..." e sem dar por isso devorei este livro. Uma história em tudo normal, não fosse ter-me identificado com algumas passagens deste livro. Eu e provavelmente todos os que lemos este livro, sentimos e no fundo vivemos influenciados pelos nossos sentimentos. A vida corre e por vezes esquecemos o que realmente é importante...e este livro é uma espécie de chamada de atenção!!!!
Sem querer alongar-me e revelar o que deverá ser lido fica aqui o texto da contra-capa...LINDO!!!!
"...tive de a perder para entender que o sabor das coisas recuperadas é o mel mais doce que podemos experimentar!!!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O mistério da Atlântida

Pelo título poderão perguntar se não se trata de mais um livro a juntar a tantos outros sobre a lendária Atlântida, descrita por platão e outros apaixonados por esta lendária lenda. Mas não! A resolução do mistério da atlântica permanecerá por enquanto um mistério, uma lenda que inspira ainda nos nossos dias e inspirou este autor, ao presentar nos com uma fabulosa história onde História da humanidade se mistura com a alta tecnologia dos nossos dias, no campo da arqueologia. Adicionem ainda uma pitada de aventura, tecnologia recente, suspense e terrorismo dos nossos dias e têm uma fabulosa história que poderia ser em tudo verídica. Excepto a comprovação da existência da atlântida. Contudo, a descrição do povo que habitou essa lendária cidade, leva-nos a pensar um pouco em nós como membros de uma grande comunidade universal, em termos de História da Humanidade: Como evoluímos e o que somos actualmente.

ilusões - As aventuras de um messias relutante

Um autor que sempre conheci nas palavras do meu pai, que ao longo de vários anos leu as suas várias obras publicadas. Por isso, decidi ler este, porque me chamou a atenção o texto na contra capa. Vou transcrever, porque este pequeno texto diz tudo:

Ilusões é a história da camaradagem.
Uma história apaixonante
a significar coisas diferentes...
A falar da realidade
e da aparência da realidade...
Uma visão da maneira
como muitos de nós vivemos
e da maneira
como vivem alguns de nós.


Um curto e apaixonante livro, com questões importantes sobre quem somos, o que queremos, no que acreditamos e sonhamos!!!!

Tão Longe de Sítio Nenhum

Li-o há muitos anos atrás, numa época que remontam à minha adolescência e voltei a recordá-lo por entre palavras trocadas com uma amiga. Um livro que me marcou numa época de incertezas tão características da adolescência e que me fez ver que as minhas dúvidas da altura eram também as dúvidas presentes em todos os adolescentes. Temos um mundo à nossa frente e dia após dia crescemos para sentirmos emoções e sentimentos que na nossa infância não passavam de histórias.
Um livro que retrata o amor, o primeiro grande amor, como lhe chamam...os primeiros arrepios, as primeiras noites sem dormir, as primeiras ansiedades e a descoberta do nosso outro eu, aquele que nos complementa de forma mágica como hoje ainda digo. Porque mesmo hoje anos mais tarde, as emoções são as mesmas. Somos sempre eternos adolescentes em matéria de amor, um mundo sempre desconhecido. Por isso, o livro pode descrever a vida de dois adolescentes, mas também nós nos sentimos presentes perante as dúvidas e incertezas dos dois personagens.

(e agradeço ao meu corrector sempre on-activo...asobrabana, pela sua eficiência...nem o dicionário do word é tão bom!!!! bjs)

A casa dos Espíritos

A primeira obra que li desta autora, por conselho da minha falecida avó. Um drama que envolve várias gerações de uma família numa época problemática do país em que vivem. Três gerações em permanente conflito nas tristezas e alegrias do seu dia a dia.

Fascinou-me o tipo de escrita de Isabel Allende que cativa pelas palavras e a forma clara com que conta uma história. Consegue envolver-nos de tal forma na sua escrita que sem dar-mos por isso tornamo-nos leitores das suas obras e comigo isso de facto aconteceu.

A matilha de herdeiros

Por vezes não nos apercebemos da origem dos nossos problemas, ou daqueles que estão perto. O personagem, um idoso afortunado, que decide divertir-se à conta da suposta ganância das filhas e genros, vê-se confrontado com uma realidade diferente. Encena o mais terrível cenário, temido pelos herdeiros de grandes fortunas, um namoro teatral. Julgou que se iria divertir desta forma, durante os últimos dias da sua vida...mas afinal!!!! e não revelando o final deste calmo e relaxante livro, apenas acrescento, que o que parece ser nem sempre o é na verdade...sem dúvida que o ser humanos é um animal racional muito interessante!!!!

As pontes de Madison County

Recordo que me recusei a ver o filme, porque normalmente sempre que vejo um filme sobre um livro que li e gostei fico sempre decepcionada com os cortes que muitas vezes fazem.
Recebi este livro como oferta de Natal em 1995 e sinceramente li porque não tinha mais nada para ler e confesso que não me arrependi. Uma curta história sobre a natureza humana e as diferentes formas de vidas que nos caracterizam a todos. Um fotografo um pouco desfasado no tempo e, uma mulher com um casamento estável, envolvem-se de uma forma que à primeira vista e de certo visto como um pecado, envolve o leitor pela doçura do sentimento. Se a vida é feita de mistérios, esses mistérios estão precisamente nas pessoas com que nos cruzamos e nas marcas profundas e belas que nos deixam.
Terminei este livro e com os meus 21 anos, julgando que uma vez traçado o destino, a vida não poderia pregar partidas nos sentimentos tão profundamente enraizados. Agora um pouco mais à frente no tempo, acho engraçado, porque se na altura questionei a história vejo agora que é em tudo semelhante à realidade de muitos. No amor encontramos a harmonia e uma paz sem explicação, mesmo que seja por momentos. Mas esses pequenos momentos marcam pela grandiosidade com que nos fazem crescer e saborear a nossa própria pessoa.

...e até hoje resisti e não vi o filme!!!!

Minha Besta - Uma História de Amor

Mais uma prenda do Pai Natal "Sara,Pedro e Henrique" e sem dúvida um bom anti-stress.
Flood, um jovem de 19 anos vê a sua vida mudada do dia para a noite quando acorda num belo fim de tarde e descobre que para além da sua namorada ser um vampiro ele próprio também o é. Até aqui podem pensar que se trata de mais uma história de vampiros, mas se olharem bem para o autor, já sabem que podem esperar tudo menos uma normal história de amor e muito menos uma história de vampiros tradicional.
Vampiros ou Humanos no final somos todos iguais nas nossas loucuras e devaneios. Na minha opinião, este autor consegui-o escrever o que muitas vezes nos vai na cabeça mas não temos a coragem de dizer porque parece demasiada loucura junta e as suas personagens fazem-no. Mais, a velha guerra dos sexos no seu melhor. Só para vos dar uma amostra e peço desculpa pela linguagem, deixo-vos uma pequena amostra: "Não se deve matar um gajo sem previamente lhe pedir; é falta de consideração". Mais outra: Este diálogo depois da Vampira apanhar uma piela porque bebeu o sangue de um sem abrigo completamente bêbado.
- Às vezes sou uma cabra - diz a vampira
- Isso não é verdade - disse Tommy. Mas era.
- É verdade, é verdade, sim senhor. Sou Sim, senhor. Às vezes sou uma perfeita cabra.
- Bom, talvez sejas um bocadinho, mas...
- Com que então sou uma cabra. Estás a dizer que sou uma cabra?

Uma pequena amostra, comparando com os demais diálogos do livro. Leiam se puderem e divirtam-se como eu me diverti. Não só pelo conteúdo como pelas reacções das pessoas à vossa volta quando depois de lerem duas vezes constatam que aquele é mesmo o título do livro...até tem bolinha vermelha no canto superior direito...LINDO!!!

O Eterno Ex

Ora aqui está um livro do tipo, bom momento de descontracção e gargalhada. Depois de um livro histórico que adorei confesso que me soube muito bem as gargalhadas bem sonoras que se fizeram ouvir no trajecto para casa de comboio.
NY não é uma cidade, dizem que é a cidade, caracterizada como se pode ler no próprio livro pela “Babel dos tempos modernos”. E é em torno precisamente desta característica de NY que a autora constrói de forma hilariante uma bela história de amor…sim…confesso que até eu fiquei comovida pelo fim que já sabia desde meio, mas que mesmo assim não me tirou o apetite de ler este livro.
Kate, psicóloga divide as suas amizades entre dois bairros Brooklyn, onde nasceu e cresceu e Manhattan, onde vive actualmente. E nessa divisão separa mesmo este dois grupos, evitando durante anos misturá-los, mas as trocas baldrocas da vida como lhe chamo criam um momento, em que tudo vai mudar e o cruzamento de dois bairros distintos cria espaço para a comédia mais engraçada que li nos últimos tempos. Cada personagem é única, as personalidades do mais variado, os laços de amizade fortes e o desejo de viver intenso, misturado com as ansiedades e medos que todos nós sentimos quando nos confrontamos com o amor. Resumindo: uma verdadeira comédia de celebração da amizade e do amor!!!!!

Numa idade que para a mulher se traduz em casamento e filhos, Kate vê-se diante de uma relação estável mas insonsa e bastante criticada por Elliot, o seu grande amigo homosexual, por quem nós acabamos por adorar também, e que ao conhecer Bina, amiga de Kate, cria um plano baseada em estatística, não fosse ele matemático, plano esse que passa por: se Bina quer mesmo casar com o seu namorado de há 6 anos que acaba de lhe comunicar que precisa de um tempo de celibato, ela terá de namorar o famoso e eterno ex, Billy que sempre que rompe um relacionamento com uma mulher, passado pouco tempo esta casa e mais, todas as que namora lhe têm a maior amizade à conta disso…portanto podem já imaginar que algo se vai passar de muito engraçado, com este plano engendrado e louco sempre colocado em causa pela nossa Kate, para quem o destino prepara uma grande surpresa ou não fosse esta uma linda história de amor!!!!

Piano a duas vozes

A nossa evolução como seres humanos por vezes é confrontada com fantasmas do passado em alguns momentos da vida. A vida segue em frente, mas de certa forma estamos sempre agarrados ao passado.
Neste livro Catherine volta a casa para o Funeral do Pai, num momento conturbado da sua vida, separando-se pela primeira vez da filha cujos seus pais desconheciam existir. Um segredo à espera do momento certo não fosse o passado pesar com o afastamento imposto pela vida que segue.
Compositora, esta jovem mãe, revela os seus sentimentos de uma forma particularmente interessante: A musica!! A musica não se ouve...sente-se!!! E os que sabem desta verdade podem confirmar que se por vezes se riem ao som de uma melodia, noutras choram embalados por outra. Pelo menos eu sou assim. A Musica tem um efeito em mim bastante poderoso...talvez por isso ainda tenha a esperança de um dia voltar a ter aulas de piano e recupere um tempo perdido que como criança que era neguei querer.
Neste livro encontramos também a perfeita descrição do que todas as mulheres sentem nos primeiros anos de vida de um bebé: passamos do estado cor-de-rosa de uma gravidez para o pânico total. Hormonas ou não à mistura, é um processo de crescimento e aprendizagem bastante intenso. Maravilhoso nuns dias e um autêntico pesadelo noutros, ultrapassado na realidade pelo amor que sentimos!!!
A luta pelo que somos afinal também é um pouco abordada neste livro, as nossas escolhas e o conhecimento até ao fim deste nosso eu que por vezes é um estranho para nós.
O autor descreve de forma simples e curta, mas com bastante precisão as pequenas coisas da vida, as pequenas recordações e sonhos futuros, numa mistura um pouco confusa no início mas transparente e perceptível no final.

O Código de Alexandre

Alexandria é palco de uma descoberta arqueológica que pode mudar toda a História do Egipto e que no final muda a vida daqueles que nela participam. Um túmulo descoberto, um código desvendado e o encontro com o passado de uma era:
Simplesmente fantástico!!! Foi como ter respirado fundo na primeira página e expirado apenas na última, porque página a página o mistério e o tempo corre numa caça ao tesouro mirabolante, repleta de aventuras e desventuras, misturadas com as histórias pessoais dos personagens e de um homem que marcou uma era "Alexandre o Grande".
Um levantamento histórico bastante detalhado ao qual o autor acrescentou condimentos de mistério, crime, vida, morte...e com isso o autor prende-nos a cada palavra e quando julgamos que o mistério termina sem nos darmos conta, eis que somos envolvidos mais uma vez na corrida contra o tempo de mais um mistério num encadeamento estranho mas que no final faz todo o sentido!!!

O filho de Thor

Uma prenda do Pai Natal actualmente mais conhecido cá em casa por abô Bibo (avô Pedro) que recebeu uma sugestão da sua fiel assistente "Tia Bé". OBRIGADO!!!!!!

O iníco deste livro fooi um pouco custoso, confesso. Cheguei mesmo a um ponto de pensar em ler outro e depois voltar daqui a uns tempos a lê-lo. Mas ao fim de algumas páginas algo começou a despertar o meu interesse e foi com muita sofreguidão que o terminei, ficando danada com esta minha mania de ler triologias em que só foi editado ainda o primeiro volume. Paciência!

Numa época longínqua, algures na Noruega, dois rapazes fazem um pacto de sangue, jurando a eterna amizade e lealdade. E é em torno deste pacto e de uma viagem à descoberta de outras paragens que se desenrrola a história, onde duas culturas bens distintas se conhecem. No início o confronto pacífico, a entre-ajuda entre povos...a beleza da solidariedade humana em tempo de paz...mas sedento o homem de poder e um destes jovens (somerlead), sedento de poder, transforma o sonho em tempestade, planeando o assassinato do seu meio irmão, lider da expedição . O povo das Ilhas Brilhantes é massacrado e nas mãos do outro e de uma sacerdotisa é colocado o destino dos poucos habitantes destas ilhas. Escusado será dizer que um livro sem uma pitada de romance não é um livro interessante quando se cruzam culturas diferentes, mas tal não constituí um obstáculo ao amor.
Mas desta história o mais interessante e maravilhoso é ver o outro jovem (Eyind), cujo sonho concretizado de pertencer à classe de elite guerreira é concretizado, e se vê confrontado com a escolha entre o pacto que fez com o outro e uma enorme transformação interior que se opera no meio do caos instalado. Mesmo treinado para ser um guerreiro implacável, os seus olhos e alma começam a ver o que está para além de uma machadada...existem seres que sofrem, não só os que estão envolvidos numa batalha, como famílias também. A vontade de repôr a paz dá-lhe forças num momento de fraquesa física e mais...quando finalmente o seu irmão de sangue é apanhado e julgado , pensamos nós que o pacto de sangue será quebrado. Mas não!!! A autora apresenta-nos uma grande lição. Uma lição de vida...não vou dizer qual porque tiraria o interessa a quem não leu o livro...espero que gostem!!!

Principes de Portugal - suas grandezas e misérias

Desde miúda que me fascinava ouvir as histórias que a minha querida e falecida avó Mila me contava. Algumas dessas histórias eram baseadas em livros que lia ou mesmo, o relato colorido que ela fazia das suas leituras. E com isso conheço imensos livros não porque os tenha lido eu, mas sim porque as suas histórias me eram contadas pela minha avó. Conhecedora da História do nosso Portugal, recordo-me que este livro estava sempre na sua mesa de cabeçeira, junto de outros tantos que ela de vez em quando relia, porque também ela apreciava o prazer da leitura.
Ouvi da sua boca as histórias dos nossos Reis e rainhas e, sei que muito do que aprendi da nossa História foi através dela. Talvez por isso e,certa forma envolta pela nostalgia da saudade que tenho dela, numa destas manhã ao olhar para a minha estante encontrei este livro e decidi lê-lo ou melhor dizendo "voltar a lê-lo"...mesmo tendo sido lido com os meus olhos senti toda a magia dos momentos em que a Mila recriava sem distorcer a verdade as vidas dos nossos Reis e rainhas.

Um livro que não tendo data de publicação impressa data de 1957 e descreve a biografia de alguns dos nossos Reis e rainhas. Com uma linguagem que me levantou alguns problemas e que me obrigou a recorrer a um dicionário, página a página apreciei a vidas destes nossos antepassados, figuras muitas vezes envoltas pela cortina cor de rosa que se cria em volta de antigos reinantes, podemos ir um pouco mais além dessa cortina e sentir que tal como nós, também eles, apesar da responsabilidade em governar um reino eram seres humanos dotados de sentimentos.

E mais, analisando um pouco mais a fundo, e sendo eu uma eterna apaixonada pela civilização humana e seu comportamento, podemos ver que na sequência destes governantes muita coisa que permite explicar o actual comportamento do povo português.

Se gostam de História de Portugal e se quiserem por um lado ler as facetas muitas vezes escondidas, neste livro podem deliciar-se com as palavras impregnadas de riqueza de Aquilino Ribeiro.