quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sangue de Dragão

Como diz um amigo meu estão na moda as histórias com dragões, elfos e outras criaturas estranhas. E assim o senti eu quando começei a ler este livro: Uma terra inexistente fruto da imaginação da autora onde outrora existiram dragões que conviviam com todas as raças, possuindo alguns deles a capacidade de transformarem e assumirem a forma dessas raças. E fruto disso que nasce a personagem principal Aelanna filha de uma Elfo e de um dragão feitiçeiro. O não conseguir assumir a sua diferença perante os outros e o tentar contrariar aquilo que ela é, leva-a na procura de uma pedra que controla os dragões, como forma de eliminar parte da sua pessoa. Se no início parecia de facto mais uma história da moda com um toque pessoal no fim revela-se como uma luta pessoal em aceitar o eu. E esta é a mensagem deste livro...eu já sei que retiro sempre algo dos livros e talvez por isso a minha sede de leitura...mas Aelanna descobre que não podemos negar o que somos e se para nós próprios a diferença pode à partida ser um defeito, aos poucos ao aceitarmos aquilo que somos encontramos a paz desejada. É uma luta interior muito grande por vezes, porque tal como ela, muitos tentam nos dias de hoje camuflar o seu verdadeiro eu e com isso vivemos numa sociedade cada vez mais fechada e em parte egoísta.
Categorizado como um livro do Fantástico, no percurso levado pela personagem podemos ver como raças diferentes se podem unir num único objectivo e como que as diferenças marcadas pelo tempo e muitas vezes com razões perdidas ou desconhecidas podem ser alteradas.

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