quarta-feira, 27 de maio de 2009

A educação de um vigarista

Num cenário pós depressão norte americana de 1929 este livro descreve o dia a dia de todos os que tentam sobreviver a crise instalada e os sacrifícios que famílias se submetem para conseguirem viver...um pouco à semelhança do que assistimos agora. Uma luta diária no desespero e também na esperança que o amanhã seja melhor que o hoje. E enquanto o tempo passa um jovem vê-se envolvido no mundo das vigarices. "acarinhado" por dois profissionais desta profissão ele vê-se envolvido por um mundo pelo qual não sonhou, mas um mundo que lhe ensina e, ao contrário do que pensamos pelo caminho que supostamente julgamos que irá seguir, que mesmo na perdição existe redenção.
Impressionante os esquemas de vigarices descritos e alguns hilariantes pela arte, porque é tido como arte o enganar o outro, não para o roubar. Aliás, é dito por um dos personagens que vigarista honesto não é ladrão no sentido da palavra em si, o vigarista apenas consegue de forma planeada e arquitectada que os Otários lhes entreguem o dinheiro e sem chantagens de algum tipo. E com as histórias das vigarices que vão aplicando e que com algumas me ri, o autor cativamos pelos sentimentos e pensamentos do jovem personagem.
O jovem Jack consegue ganhar o lugar no pódio dos vigaristas aplicando um simples golpe ao casal que de certa forma o ensina nos primeiros passos e quando pensamos que ele irá fugir com o dinheiro, o autor consegue apresentar um final muito bom: No percurso de fuga, por cada local por onde passe distribuí o dinheiro e eu que pensei que ele continuaria de certa forma a aplicar os esquemas aprendidos e no qual se torna Guru. E no final acaba por...não vou contar o final, como nunca o faço. Mas por fazer algo que o Pai lhe tinha dito e que ele recusara sempre por pensar que o Pai teria enlouquecido de vez.

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