sexta-feira, 22 de maio de 2009

Principes de Portugal - suas grandezas e misérias

Desde miúda que me fascinava ouvir as histórias que a minha querida e falecida avó Mila me contava. Algumas dessas histórias eram baseadas em livros que lia ou mesmo, o relato colorido que ela fazia das suas leituras. E com isso conheço imensos livros não porque os tenha lido eu, mas sim porque as suas histórias me eram contadas pela minha avó. Conhecedora da História do nosso Portugal, recordo-me que este livro estava sempre na sua mesa de cabeçeira, junto de outros tantos que ela de vez em quando relia, porque também ela apreciava o prazer da leitura.
Ouvi da sua boca as histórias dos nossos Reis e rainhas e, sei que muito do que aprendi da nossa História foi através dela. Talvez por isso e,certa forma envolta pela nostalgia da saudade que tenho dela, numa destas manhã ao olhar para a minha estante encontrei este livro e decidi lê-lo ou melhor dizendo "voltar a lê-lo"...mesmo tendo sido lido com os meus olhos senti toda a magia dos momentos em que a Mila recriava sem distorcer a verdade as vidas dos nossos Reis e rainhas.

Um livro que não tendo data de publicação impressa data de 1957 e descreve a biografia de alguns dos nossos Reis e rainhas. Com uma linguagem que me levantou alguns problemas e que me obrigou a recorrer a um dicionário, página a página apreciei a vidas destes nossos antepassados, figuras muitas vezes envoltas pela cortina cor de rosa que se cria em volta de antigos reinantes, podemos ir um pouco mais além dessa cortina e sentir que tal como nós, também eles, apesar da responsabilidade em governar um reino eram seres humanos dotados de sentimentos.

E mais, analisando um pouco mais a fundo, e sendo eu uma eterna apaixonada pela civilização humana e seu comportamento, podemos ver que na sequência destes governantes muita coisa que permite explicar o actual comportamento do povo português.

Se gostam de História de Portugal e se quiserem por um lado ler as facetas muitas vezes escondidas, neste livro podem deliciar-se com as palavras impregnadas de riqueza de Aquilino Ribeiro.

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