sábado, 26 de setembro de 2009

Meu amor, Era de Noite

Três vidas distintas: Eugénia e sua irmã Constança e Mateus. Estes dois últimos vivem neste livro o pós-terminar de uma relação que tudo tinha para ser vivida, mas o fim de um casamento para Mateus, a sua filha dependente de drogas, a sua mulher que o abandona e para aumentar a desgraça tem um cancro terminal. Confrontado com a doença e reagindo como se calhar muitos de nós iríamos reagir afasta Constança. Esta por sua vez esconde-se no meio do Alentejo deserto, porque também ela havia passado por um casamento estranho antes de conhecer Mateus.

Enfim...uma história que à partida, mesmo existindo uma doença terminal poderia ter tudo para ser uma história de amor de chorar baba e ranho.

Mas temos a Eugénia, mulher independente e a nossa narradora principal, e como que a escritora deste livro...Possui uma enorme aversão aos ses e aos talvez...e nos seus livros recusa usar ma palete de cores especiais para pintar de arco-íris a vida.

Não foi um livro que me prendesse porque até eu concordo com a Eugénia: Constança no Alentejo decidida a seguir em frente, porque mesmo na doença Mateus Afasta-a. Mateus algures numa estrada vai falando a Constança para o ar vazio enquanto aguarda um telefonema que nunca chegará...atiram-se os dois para a escuridão da dor...lamentos e mais lamentos...revivem o passado como se isso fosse justificação...por favor...e contra mim posso falar porque não sou de ferro, mas decisões tomam-se e estas podem não ser as mais correctas...mas a vida não espera parada...seguimos em frente...!!!



Sem comentários:

Enviar um comentário