sexta-feira, 26 de junho de 2009

As tribos do sul



Diferente dos primeiros dois livros, o cenário apresentanos uma época mais próxima da nossa, onde os primeiros automóveis circulam pelas estradas de braços dados com coches. A emancipação das mulheres é outro aspecto curioso deste livro, porque aqui são recordadas todas aquelas que num passado nos permitiram a todas um lugar na sociedade com direito de voto e outros.

O progresso por vezes traduz-se no atropelamento de crenças e costumes. Numa época em que a libertação feminina dá os seus primeiros passos, num dos poderes de Corsa, uma jovem é introduzida de forma forçada no meio de uma tribo que aspira a salvação de um pedaço de terra. Nela se depositam todas as esperânças de salvar as tribos do sul, pois acreditam que só ela será capaz de dialogar com aqueles que por sede de riqueza destroem um pedaço de terra sagrada e que no passado das terras de corza havia sido tido como garantido e resgardado para as gerações vindoras. A nossa bela personagem, descobre que nas tribos uma essência da vida baseada na simplicidade e crenças. Descobre que afinal os tão prototipados por selvagens são seres humanos que sentem como todos os outros.

Abraçando as tribos, dedica a sua vida à salvação das mesmas e apesar de não atingir a totalidade dos seus objectivos, o que de certa forma a desmoraliza, consegue marcar uma posição pela diferença: lutar pelos interesses de povos diferentes da sua raça.

Existe uma pontada de romance neste livro, um amor impossível, mas que aos dois concede uma energia e uma alegria, que lhes permite prosseguir com a vida. Por palavras e gestos, estes dois encontram no outro a sua metade talvez perdida e no final...

Confesso que gostei mais dos dois primeiros livros, talvez porque a meio do livro a nossa personagem principal passa a vida a remoer e a sofrer com as suas incertezas. Quando pensamos que finalmente ela encontra o seu caminho, algo a atira para o fundo...mas talvez seja assim mesmo, o cair para de novo levantar a cabeça.


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